REVISTA FACTO
...
Abr-Jun 2017 • ANO XI • ISSN 2623-1177
2024
75 74
2023
73 72 71
2022
70 69 68
2021
67 66 65
2020
64 63 62
2019
61 60 59
2018
58 57 56 55
2017
54 53 52 51
2016
50 49 48 47
2015
46 45 44 43
2014
42 41 40 39
2013
38 37 36 35
2012
34 33 32
2011
31 30 29 28
2010
27 26 25 24 23
2009
22 21 20 19 18 17
2008
16 15 14 13 12 11
2007
10 9 8 7 6 5
2006
4 3 2 1 217 216 215 214
2005
213 212 211
//Artigo

Defensivos Agrícolas: pesquisa, inovação e conhecimento local

Um dos grandes gargalos enfrentados pelos fabricantes de defensivos agrícolas no Brasil é a demora e imprevisibilidade na obtenção de um novo registro de produto. A já conhecida morosidade nos processos impede o rápido avanço do mercado com produção local. A burocracia e concorrência dos produtos importados já formulados e isentos de tributos desestimulam a produção e os investimentos nacionais. Entretanto, mesmo com todas essas importantes adversidades, a Ourofino Agrociência tem investido e acreditado no Brasil, e possui uma das mais modernas fábricas do mundo.

Com alto índice de automação, tecnologia e produtividade, a empresa trabalha com velocidade e eficiência em todos os processos, visando oferecer soluções de alta qualidade e que excedam as expectativas dos clientes. A Ourofino Agrociência está focada em desenvolver produtos exclusivos e personalizados para a agricultura brasileira, levando em consideração solo, clima e umidade – fatores muito diferentes dos vivenciados pelos europeus e americanos.

O desenvolvimento da indústria requer investimentos constantes para a melhoria das tecnologias, produtos existentes e aumento de portfólio. As particularidades nacionais exigem formulações diferenciadas e pensadas para a realidade do produtor local. Nessa vertente, a Ourofino Agrociência avalia as necessidades e características da agricultura tropical para aprimorar o portfólio e trazer mais conhecimento para a pesquisa aplicada nacionalmente.

Altamente competitivo e dinâmico, o mercado de defensivos agrícolas necessita ainda de foco na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), por isso as empresas sempre se preocupam em gerar novas soluções, por meio de exclusivas moléculas, misturas, formulações e técnicas de aplicação. Para a Ourofino Agrociência, essa máxima também é verdadeira, mas a diferença está ao aliar esse setor a processos de melhoria e dinâmicas em campo, além de elaborar estrategicamente a projeção de melhores resultados para o agricultor e a empresa em relação ao que já existe.

Com foco em excelência, a Ourofino mantém cerca de cinquenta profissionais nas áreas de PD&I e Registro Agrícola, parcerias com empresas de tecnologia, universidades e institutos, e proximidade com o produtor, por meio das equipes técnicas e comerciais que buscam entender quais as reais dificuldades no campo, como está o desenvolvimento nas lavouras e quais as tendências do mercado.

As demandas geradas pelo trabalho direto nas propriedades são analisadas pela equipe de gestão de projetos, que leva em consideração fatores como a situação de uso da molécula no Brasil e o desenvolvimento de protótipos de formulações, sempre de acordo com os parâmetros exigidos por lei. É uma atuação integrada e de grande responsabilidade social, ambiental e econômica. Ao final, todos os produtos são encaminhados para Brasília (DF), por meio de um dossiê, onde serão avaliados pelo Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa.

O trabalho de PD&I da Ourofino Agrociência tem como base um centro de pesquisas localizado em uma fazenda com mil hectares, em Guatapará (SP), credenciado pelo Ministério da Agricultura. Nesse centro, os novos produtos são colocados à prova em condições de campo e, assim, a emissão de laudos de eficiência do produto é realizada, trazendo agilidade e menor tempo para finalização do dossiê para registro.

A Ourofino acredita que o segredo das companhias que se perpetuam ao longo do tempo é a capacidade de adaptação. Tanto que, além da fazenda experimental, a empresa possui uma indústria localizada em Uberaba (MG) e escritórios situados nas cidades de Xangai (China) e Ribeirão Preto (SP). As locações estratégicas não são à toa; estar no mercado de defensivos exige uma sólida estrutura de capital e logística.

Ainda, como estratégia de mercado, a Ourofino Agrociência vai além de fabricar soluções inovadoras. Ela oferece assistência técnica e treinamentos em campo sobre produtos, pragas e manejo de culturas. A proximidade entre profissionais e clientes é um ponto de constante atenção e preocupação entre todos os gestores, uma vez que o relacionamento com os clientes é definido como um pilar fundamental para o sucesso do negócio.

Outra preocupação que deve ser inerente às fabricantes de defensivos agrícolas é o descarte correto das embalagens utilizadas. A Ourofino Agrociência, por meio de uma parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), auxilia e orienta os produtores quanto à devolução correta das embalagens e invólucros vazios. Em todas as notas fiscais emitidas na fábrica, por exemplo, estão descritos os endereços das Unidades de Recebimento, instaladas em todo o País.

Tecnologia

Hoje a empresa possui 28 produtos no portfólio e mais de dez estão submetidos para registro, com expectativa de chegarem ao mercado nos próximos cinco anos. São herbicidas, fungicidas, inseticidas e maturadores, principalmente para cana-de-açúcar, soja, milho e algodão. Outra novidade é a linha de produtos biológicos (bioinseticidas, bioherbicidas, biofungicidas, entre outros). A empresa possui um acordo de cooperação com a Embrapa para agilizar a chegada ao mercado dessas formulações e atender às necessidades dos produtores nacionais de forma sustentável.

Resultados

Para continuar crescendo e atingir uma participação significativa no mercado de defensivos agrícolas, a Ourofino Agrociência conta com uma forte presença da equipe comercial no campo, em um trabalho de conquista de novos clientes e fidelização dos antigos. Ainda, mantém-se focada na ampliação da relação com outros clientes-empresas do segmento, que resultam no trabalho de terceirização. Além disso, a Ourofino faz questão de fortalecer a participação em cooperativas, as quais contam com o apoio da linha de crédito rural para reduzir o prazo de recebimento.

A competitividade enfrentada no mercado de defensivos agrícolas faz com que a empresa busque por melhorias constantes em operações, portfólio, estrutura de crédito, empregabilidade de profissionais com alto know-how de mercado, e pesquisas e formulações inovadoras. O resultado acontece em longo prazo, pois a Ourofino Agrociência acredita que o sucesso obtido no segmento é fruto de diversas ações estratégicas feitas durante toda sua história. O crescimento exponencial da empresa, num setor tão adverso e competitivo, demonstra que a sinergia de todos os seus departamentos colabora para o desenvolvimento sustentável de um agronegócio tipicamente brasileiro.

João Sereno Lammel
João Sereno Lammel
Conselheiro da Ourofino Agrociência e vice-presidente agroquímico da ABIFINA.
Anterior

Reindustrialização: o rumo do desenvolvimento sustentável

Próxima

Estado precisa investir para indústria do País voltar a crescer

Estado precisa investir para indústria do País voltar a crescer