Segundo Núbia Boechat, coordenadora do grupo de Síntese de Fármacos, a vantagem dessas moléculas, é que “em vez de colocar dois fármacos distintos em um único comprimido, tal como nas doses fixas combinadas (DFC), as moléculas já são criadas com os dois princípios ativos, que vão atuar em mecanismos de ação diferentes, ou seja, atacar dois alvos dentro do organismo e diminuir a possibilidade de resistência.”
Um dos estudos mais avançados na área destina-se ao tratamento da malária: o Mefas – sal híbrido contendo Artesunato (AS) e Mefloquina (MQ). Segundo Núbia, o projeto está na fase de biodisponibilidade, na qual está sendo avaliada sua farmacocinética.
Outro estudo identificou a capacidade anti-inflamatória da Atorvastatina, que vem sendo testada para o tratamento adjuvante da malária cerebral.
O desenvolvimento de moléculas híbridas para medicamentos, com mais de um princípio ativo, tem sido uma aposta de Farmanguinhos para encontrar soluções que atendam às necessidades da saúde pública.