REVISTA FACTO
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Set-Out 2009 • ANO IV • ISSN 2623-1177
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//Artigo

Quem está na Química Fina

ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S/A

O Aché Laboratórios é uma empresa 100% brasileira, com mais de quarenta anos de atuação no mercado farmacêutico. Com foco nas expectativas dos profissionais de saúde e nas necessidades dos consumidores, diferencia-se pelo respeito às pessoas e meio ambiente, inovação constante, ética nos relacionamentos, excelência e crescimento consistente por meio de um amplo e diversificado portfólio que traduz a confiança e credibilidade de sua marca.

Fundado em 1966, o Aché conta hoje com mais de três mil colaboradores, dois complexos industriais, um em sua sede em Guarulhos (SP) e outro em São Paulo (SP), além de uma das maiores forças de vendas do mercado farmacêutico nacional. Em constante evolução, seu portfólio conta com mais de 250 marcas em cerca de 600 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição).

O Aché investe cerca de 10% ao ano do seu Ebitda em pesquisa, desenvolvimento e inovação, seja por meio de estudos próprios ou parcerias com universidades e centros de pesquisa nacionais e internacionais. A empresa busca desenvolver pesquisas radicais, incrementais, de novas associações de moléculas, de fitomedicamentos, de sintéticos e de produtos de origem em biotecnologia, área onde tem a meta de gerar conhecimento e capacidade técnica para criar, desenvolver e produzir – em médio e longo prazos – medicamentos biotecnológicos 100% nacionais.

Em 2003, adquiriu e incorporou a alemã Asta Médica do Brasil. Em 2005, adquiriu a Biosintética Farmacêutica, que possibilitou a entrada no segmento de genéricos – hoje estes produtos são comercializados sob a marca comercial Genéricos Biosintética – e complementaridade de portfólio em medicamentos sob prescrição e MIP. Em 2007, selou importantes acordos: com a mexicana Silanes para levar medicamentos da linha cardiometabólica ao México e com a alemã Beiersdorf para trazer ao Brasil a linha de dermocosméticos Eucerin. A parceria firmada no início de 2008 com a norte-americana RFI Ingredients marcou a entrada do creme anti-inflamatório Acheflan no mercado dos EUA e Canadá, sendo a primeira vez que um medicamento brasileiro chega àqueles países. No total, o Aché exporta seus produtos para doze países.

Acheflan: primeiro medicamento 100% nacional

Em 2005, o Aché revolucionou o mercado farmacêutico brasileiro ao lançar o anti-inflamatório Acheflan, primeiro medicamento pesquisado e desenvolvido inteiramente no Brasil, a partir da flora brasileira. Atualmente comercializado em três apresentações, ele é líder no segmento de anti-inflamatórios tópicos sob prescrição médica. Acheflan é produzido a partir de uma planta brasileira, a cordia verbenacea, conhecida popularmente como erva-baleeira e encontrada na Mata Atlântica, e foi lançado após sete anos de estudo e mais de R$ 15 milhões de investimentos.

CBL – COMPANHIA BRASILEIRA DE LÍTIO

Pioneira em lavra subterrânea de pegmatito litinífero, de forma planejada e mecanizada, a Cia Brasileira de Lítio – CBL é uma empresa brasileira, com capital 100% nacional, fundada com o objetivo de realizar a exploração mineral do espodumênio e o aproveitamento industrial de seus derivados.

A história do lítio – o mais leve dos metais – no Brasil é fascinante. Trata-se de uma sucessão de eventos envolvendo empresários pioneiros, tecnologia inovadora, minas subterrâneas, batalhas judiciais, disputas internacionais e desenvolvimento social regional até se chegar, no início dos anos 90, à conquista do mercado nacional.

A CBL desenvolveu a tecnologia para o beneficiamento químico do espodumênio encontrado no pegmatito litinífero de Araçuaí, transformando o minério nos principais compostos químicos de lítio: carbonato e hidróxido de lítio. Tais produtos são precursores de uma vasta família de derivados do lítio, com ampla aplicação comercial. As dificuldades da CBL foram imensas, principalmente por se tratar de uma exploração subterrânea, cujas reservas são localizadas no Polígono da Seca, na região nordeste de Minas Gerais – Vale do Rio Jequitinhonha, uma das mais carentes do país.

A CBL vem disponibilizando os compostos de lítio – carbonato e hidróxido de lítio – para as empresas nacionais que se dispuserem a fabricar outros derivados químicos do lítio ou formulações feitas a partir deles. 

A CBL desempenha um papel ímpar no desenvolvimento regional, pois além de contribuir com a geração de 320 empregos diretos, é responsável pela criação de inúmeros empregos indiretos nas áreas de educação, comércio, saúde, transporte, etc., tanto em Araçuaí, como em Divisa Alegre (Planta Química), e recolhe significativos valores em impostos e tributos. A CBL vem participando diretamente de várias obras sociais nas cidades de suas unidades operacionais, destacando-se, entre elas: Alfabetização Solidária, importantes doações aos hospitais e escolas, doação de uma clínica e de uma escola à APAE de Araçuaí e doação de uma creche à Divisa Alegre.

Atualmente a capacidade produtiva da CBL atinge 1000 t/mês de concentrado de espodumênio, 90 t/mês de carbonato de lítio (utilizado principalmente na produção de outros derivados de lítio e nas indústrias de alumínio, cerâmica e farmacêutica), 50 t/mês de hidróxido de lítio (utilizado nas graxas lubrificantes de alto desempenho) e 120 t/mês do coproduto sulfato de sódio anidro (com aplicações em tinturarias, indústria de produtos de limpeza,etc.), bem como a geração de cerca de 800 t/mês de silicato de alumínio. Para ampliar sua competitividade dentro e fora do País, a CBL implantou uma unidade piloto de beneficiamento do silicato e vem buscando uma forma de utilização desse produto em aplicações nobres das indústrias de plásticos, tintas e borrachas.

Visando atingir um estágio de competitividade internacional a CBL continua investindo em desenvolvimento tecnológico e pretende retomar os testes de flotação do espodumênio e dos outros minerais que já foram bem sucedidos em escala de laboratório, para vir a implantar uma unidade piloto e, possivelmente, uma nova unidade industrial em Araçuaí.

Aspectos Estratégicos do Lítio

O lítio apresenta relevantes aplicações de caráter estratégico, tanto do ponto de vista energético nuclear como nas aplicações comerciais, com ênfase nas baterias de íon lítio que estão viabilizando os carros elétricos.

Vale lembrar que o Brasil, juntamente com EUA, China e Rússia, formam o seleto grupo de países que têm reservas de lítio e consomem tudo o que produzem em derivados do elemento. De fato existem outras fontes de lítio (salmouras) espalhadas pelo mundo, como Chile, Argentina e Bolívia, mas nesses países não existe consumo interno de derivados de lítio.

Quando o reator a fusão atingir a fase de viabilidade comercial (no momento países do primeiro mundo estão realizando pesquisa conjunta em Caradache* -França), ou seja, constituir-se numa forma absolutamente limpa e barata de se produzir energia nuclear, o lítio se transformará em combustível imprescindível para a humanidade. Nesse momento os países que tiverem reservas do mineral, essencial para a fusão termonuclear, e/ou dominarem a produção do combustível para esses reatores, desempenharão papel semelhante ao que hoje apresentam as nações produtoras de petróleo.

Como preocupação ambiental a Agência de Energia Nuclear, em Paris, tem defendido a ampliação do uso mundial deste tipo de energia. Segundo a agência, para que se diminua a emissão dos gases que causam o efeito estufa, dos quais o principal é o gás carbônico, é necessário que a energia nuclear seja responsável por 20% de toda a produção mundial, enquanto, até o momento, ela só corresponde a 6%.

É importante ressaltar que o governo federal encarou de frente a importância estratégica do lítio, ao estabelecer uma política nacional para o lítio, com medidas visando monitorar o comércio externo de lítio e seus derivados do país – importação ou exportação – até o ano 2020. Até o final do prazo de vigência da medida, a direção da CBL está convicta que os produtores nacionais – em especial a própria CBL – estejam, em todos os níveis de exploração, beneficiamento e fabricação dos derivados do lítio, em estágio competitivo internacionalmente, dando, inclusive, destino sustentável aos rejeitos da exploração mineral do lítio no país.

(*) foi divulgado recentemente que a União Européia e mais seis países concordaram em gastar cerca de 10 bilhões de dólares nos próximos vinte anos para construir o ITER (Reator Termonuclear Experimental Internacional, na sigla em inglês), em Caradache, França. O acordo foi assinado entre UE, China, EUA, Índia, Japão, Coréia do Sul e Rússia.

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