Documento apresenta diagnóstico, tendências e desafios para todos os segmentos representados

Estudo da ABIFINA mostra que investimento na química fina alavanca cadeia industrial

A ABIFINA lança estudo inédito sobre o complexo industrial da química fina no Brasil, encomendado para a consultoria Go Associados. O documento apresenta diagnóstico, tendências e desafios para os segmentos de fármacos; medicamentos; vacinas; defensivos agrícolas; saúde animal; catalisadores, intermediários e especialidades; e biotecnologia.

Com o objetivo de orientar a atuação da ABIFINA nos próximos anos e subsidiar políticas públicas, o trabalho apresenta dados que comprovam que o crescimento do setor gera impactos positivos em toda a economia, devido a seu elevado encadeamento produtivo.

“Os resultados reforçam o caráter estratégico da indústria de química fina para a economia brasileira e revelam o potencial do setor para alavancar até mesmo o processo de reindustrialização no País”, argumenta Antonio Carlos Bezerra, presidente executivo da ABIFINA.

Efeito multiplicador

Quando se analisa o efeito multiplicador de cada segmento, o caso mais emblemático é o de “fabricação de químicos orgânicos e inorgânicos, resinas e elastômeros”, no qual R$ 1 investido acrescenta R$ 2,01 na atividade econômica, especialmente nas atividades de “refino de petróleo e coquerias” e de “comércio por atacado e varejo”.

O segmento de “fabricação de defensivos, desinfetantes, tintas e químicos diversos” apresentou resultado similar – acréscimo de R$ 2 em outras atividades, sendo a principal delas a “fabricação de químicos orgânicos e inorgânicos, resinas e elastômeros”.

Um terceiro segmento ligado ao complexo da química fina com grande efeito multiplicador é o de “fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos” (alavancando R$ 1,77 em outras atividades). Essa atividade integra o Complexo Industrial da Saúde (CIS) e tem relação direta com o desenvolvimento socioeconômico do País. Seus impactos em outros setores são mais diluídos, porém preponderantes no comércio.

Alto índice de integração

O estudo verificou 11 setores-chave da economia brasileira, ou seja, aqueles que têm elevado índice de ligação para frente e para trás com outros setores. Dois segmentos relacionados à química fina se enquadram na classificação: “fabricação de químicos orgânicos e inorgânicos, resinas e elastômeros” e “fabricação de defensivos, desinfetantes, tintas e químicos diversos”. Isso explica seu grande efeito multiplicador na atividade econômica.

Balança comercial

O complexo industrial da química fina apresenta uma balança comercial deficitária. De acordo com o estudo e dados da ABIFINA, o setor apresentou um déficit de aproximadamente US$10 bilhões em 2019.

Diante do atual cenário de desarranjo das cadeias globais de valor devido à pandemia da Covid-19, alterações regulatórias na China e a recente guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil tem condições de ter uma participação mais ativa no comércio internacional, com maior representatividade e relevância a partir da redução do Custo Brasil.

Raio-x setorial

O trabalho mostra ainda um raio-X da situação atual do mercado de química fina, além dos desafios e oportunidades advindos do cenário internacional. Analisa também as políticas públicas existentes, o estado da agenda legislativa relevante para o setor e as demandas decorrentes dos temas de competitividade, sustentabilidade e propriedade intelectual.

O diagnóstico corrobora a posição da ABIFINA de que uma política de desenvolvimento industrial no Brasil deve ter a química fina entre as prioridades, incentivando o investimento, a inovação tecnológica e a formação e capacitação profissional.

Confira o estudo completo

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