A ABIFINA participou da sétima edição do Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos (ENIFarMed), realizada nos dias 20 e 21, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O evento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento em Fármacos e Medicamentos (IPD-Farma) em conjunto com a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), reuniu o setor produtivo, profissionais de pesquisa e desenvolvimento da cadeia produtiva e representantes de órgãos governamentais para debater os avanços das políticas públicas para o Complexo Industrial da Saúde (CIS) e os gargalos que ainda precisam ser superados.
 
A sessão de abertura contou com a participação de Dante Alario, vice-presidente da ABIFINA, presidente da Biolab e do conselho deliberativo do IPD-Farma, que ressaltou a importância do evento por reunir a academia, indústria e o governo em um diálogo aberto e construtivo para novas proposições e políticas. Em observação às questões já consolidadas, Alario destacou que a atual política industrial da saúde caminha em direção a internacionalização. “Hoje nós temos uma política industrial acoplada a área de inovação e que vai permitir o último passo da indústria”, afirmou.
 
Ogari Pacheco, presidente da ABIFINA e do Cristália, participou como moderador da plenária “Definição dos rumos da saúde”, que contou com a participação do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Carlos Gadelha. A plenária apresentou as ações previstas para a saúde na agenda política nacional e debateu o avanço no domínio de novas tecnologias e processos.
 
Já a sessão temática “Inovação em síntese química” contou com moderação da gerente técnica da ABIFINA, Diva Arrepia. A sessão teve participação do professor da UFRJ, Eliezer Barreiro, de Sérgio Falomir, da Nortec Química e de Sérgio Frangioni, da Blanver. O debate abordou a importância da síntese orgânica aplicada na síntese de produtos farmoquímicos, os desafios para o País fazer um blockbuster inovador (inovação radical) e a experiência das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) no surgimento de novas patentes.
 
Ainda, Vânia Rudge, diretora de Biodiversidade da ABIFINA e gerente jurídica do Grupo Centroflora, foi debatedora na Sessão Temática “Acesso à Biodiversidade e o novo marco legal”, que contou com a palestra de Henrique Dolabella, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O debate abordou os entraves e propostas encaminhadas por entidades civis ao MMA que lidera a elaboração de um Projeto de Lei em conjunto com outros ministérios. A proposta de revisão da MP 2.186-16 poderá conferir segurança jurídica às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação feitas a partir da biodiversidade brasileira e solucionar os entraves vividos pela indústria há cerca de 12 anos.
 
Sobre o tema, Vânia levantou diversos questionamentos sobre os trâmites futuros do processo político e destacou a necessidade do novo marco legal promover o acesso a biodiversidade, reduzindo os custos de transação, além da criação de incentivos fiscais vinculados a repartição de benefícios para garantir a atratividade dos produtos oriundos da biodiversidade brasileira. “É fundamental tornar a biodiversidade um substrato de competitividade para a indústria nacional”, afirmou.

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