A ABIFINA, por meio do diretor de Relações Institucionais, Odilon Costa, acompanhou in loco o debate com os presidenciáveis promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 30 de julho, em São Paulo. Em meio ao empresariado nacional e representantes das principais entidades do setor produtivo, os três candidatos apresentaram suas propostas e pontos de vista para o desenvolvimento econômico nos próximos anos, e depois responderam a perguntas dos participantes. Entre os temas destacados, estiveram os principais fatores de perda de competitividade: estrutura tributária, burocratização do mercado de trabalho e infraestrutura deficitária.
 
A presidente Dilma Roussef (PT) assumiu o ritmo insatisfatório dos investimentos, mas reforçou os incentivos que o governo ofereceu ao setor produtivo nos últimos anos. Segundo ela, a intenção em um segundo mandato é aproximar a Presidência da República em relação à CNI e estimular os investimentos em infraestrutura a partir da necessária parceria com o setor privado. Ela reconheceu também a importância das compras governamentais como um dos eixos de política pública, além da desoneração tributária e o crédito subsidiado à indústria.
 
O senador Aécio Neves (PSDB), por sua vez, se comprometeu a elevar os investimentos em infraestrutura até o final de 2018, de 18% para 24% do PIB. Destacou ainda como sua agenda prioritária simplificar o sistema tributário brasileiro, com a unificação de tributos indiretos e a compensação horizontal de créditos tributários, e retomar a negociação de acordos comerciais com parceiros no mundo, alinhando a política externa à agenda comercial.
 
Já  Eduardo Campos (PSB) focou sua apresentação em dez das 42 propostas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacando o compromisso com a  reforma tributária, o não aumento de impostos, a autonomia do Banco Central e os investimentos em infraestrutura por meio das parcerias público-privadas (PPPs). Mas o candidato não se comprometeu em rever a política de reajuste do salário-mínimo, incompatível com a baixa produtividade da indústria, na visão do empresariado.
 
“No encontro dos presidenciáveis com a CNI, houve a oportunidade de previamente ser apresentado a todos os candidatos e suas assessorias as 42 propostas oferecidas pelo conjunto dos empresários que visam essencialmente um Brasil mais competitivo e que para atingir a este objetivo entre as 42 propostas muitas terão que ser implementadas.
 
Todos os candidatos assumiram o compromisso de avaliar os enfoques e implementá-los na medida do possível.
 
“O encontro dos presidenciáveis com a CNI trouxe a oportunidade de serem apresentadas previamente a todos os candidatos e suas assessorias as 42 propostas formuladas por um conjunto de empresários que visam essencialmente um Brasil mais competitivo. Este objetivo depende da implantação de muitos desses pontos. Assim, todos os candidatos assumiram o compromisso de avaliar os enfoques e implementá-los na medida do possível”, avalia Odilon Costa.
 
Veja aqui as 42 propostas apresentadas pela CNI.
 
http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2014/07/28/491/Sumriosexecutivos_web.pdf

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