Já foi dada a largada para a Jornada pela Inovação, iniciativa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que tem como finalidade a inserção do tema na agenda do poder legislativo federal. O primeiro debate, de um total de oito que deverão acontecer até o final do ano no Senado Federal,  foi conduzido pelo presidente da Finep, Glauco Arbix. Em palestra no dia 25 de maio, ele falou dos desafios da área no Brasil.  A próxima audiência, no dia 29 de junho, terá como tema a “Inovação e Tecnologias da Informação e Comunicação”.


Os outros debates da Jornada da Inovação vão abordar tópicos em áreas estratégicas para o desenvolvimento do País.  Para as exposições serão convidados especialistas da academia, da Finep e do governo, além de representantes de ministérios que tenham ligação com o tema em questão.


As propostas da Jornada pela Inovação somam-se agora à Frente Parlamentar da Pesquisa e Inovação – FPPI, recentemente criada na Câmara dos Deputados. A Frente organiza a agenda legislativa da pesquisa e da inovação e busca promover e intervir no desenvolvimento de políticas públicas para fortalecer a pesquisa e intensificar o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.


De acordo com o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), coordenador da Frente, através da iniciativa busca-se desenvolver o envolvimento da sociedade na compreensão da importância para o país da transformação do conhecimento em novos produtos e processos.
Presente no lançamento da FPPI, no dia 15/06, Aloísio Mercadante, ministro da C&T, afirmou que aposta na inovação como peça fundamental para competir com os preços baixos dos produtos chineses. Para ele, o Brasil não pode ser um simples produtor de commodities e precisa investir fortemente em PD&I. “Temos que disputar as áreas de média e alta tecnologia. E recursos no orçamento são decisivos para que a gente possa fazer isso. Então essa frente vai ser uma parceira muito importante nessa disputa”, afirmou.


Para Mercadante, a FPPI ajudará ao trazer para discussão a questão orçamentária e a  preocupação com o investimento em pesquisa e inovação. De acordo com o ministro, no último orçamento foram cortados R$ 610 milhões do setor de C&T e aumentados recursos em outras áreas que, segundo ele, não tem a mesma prioridade estratégica.


Uma das prioridades do ano será o aperfeiçoamento das comissões e atualização da agenda parlamentar de 2010. Além disso, há uma proposta para que o governo lance o PAC da pesquisa, que visa o investimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em Ciência e Tecnologia (C&T) em 9 anos, índice semelhante ao de países desenvolvidos.


Além dessas iniciativas, após reunião recentemente realizada com o presidente da Finep, o Deputado Sibá Machado criou um grupo de trabalho na CCTCI da Câmara com o propósito de dar encaminhamento às questões de interesse da área de Inovação, Ciência e Tecnologia. O grupo é composto pela Finep, Capes e CNPq, entre outros representantes do segmento de C,T&I no Brasil.

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