O primeiro dia da sétima edição do Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos (ENIFarMed), realizado nesta terça-feira (20/08), foi iniciado com o debate sobre o aprimoramento e continuidade das políticas públicas de fomento à inovação na cadeia produtiva farmoquímica. A primeira plenária, “Definição dos rumos da saúde” contou com a participação do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Carlos Gadelha, que apresentou perspectivas positivas para o desenvolvimento industrial e avanço no domínio de novas tecnologias e processos.




 
De acordo com Gadelha, a adesão do desenvolvimento de novas tecnologias pela saúde colocou a área em uma posição prioritária para a política econômica e industrial do País. Como resultado desta mudança, a segunda geração das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) são um exemplo de sucesso da política industrial que vem focando no domínio tecnológico integrado às necessidades do desenvolvimento social. “É preciso ter as bases fortes para conseguir avançar em novas tecnologias”, declarou.
 
A segunda plenária “Agenda de financiamento e infraestrutura tecnológica” abordou a evolução e resultados já alcançados pelos programas de financiamento das principais agências de fomento à inovação, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em continuidade ao debate, representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) falaram sobre o funcionamento da estrutura, condições de financiamento e prioridades que a nova empresa vai atender.
 
Já a última plenária do dia abordou a polêmica em torno do marco regulatório sanitário e a propriedade industrial com relação a anuência prévia concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a produtos que ofereçam risco a saúde. O debate contou com a participação do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, e da coordenadora geral de patentes de biotecnologia do INPI, Cláudia Magioli. A plenária apresentou os avanços no modelo de trabalho dos órgãos para eliminar as controvérsias quanto aos requisitos de patenteabilidade e o backlog de patentes.
 
Ainda, em paralelo as sessões temáticas debateram outros temas de importância para a articulação da cadeia produtiva. A sessão “Como eliminar doenças negligenciadas?” contou com a participação de palestrantes internacionais e do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, que falou sobre o Plano Integrado de Ações Estratégicas para acelerar a eliminação através da implantação de estratégias especiais para populações vulneráveis e o desenvolvimento e introdução rápida e sustentada de novas tecnologias.
 
Já a sessão “Formação de recursos humanos para pesquisa clínica em biotecnologia” abriu o debate sobre o impacto da deficiência na formação de profissionais capacitados para a realização da pesquisa clínica no Brasil. Sobre a questão, João Massud, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF), ressaltou como fundamental o estabelecimento de uma referência metodológica multidisciplinar para orientar a qualidade do ensino no País. “Para a indústria de biotecnologia a formação adequada é primordial e isso não será possível sem uma interação entre a indústria e academia”, explicou.
 
Além disso, a sessão temática “Inovação em Síntese Química” apresentou os desafios da indústria para o desenvolvimento e pesquisa em síntese com a palestra do diretor-presidente da Blanver Farmoquímica, Sérgio Frangioni, que destacou os investimentos em inovação como fator determinante para o ganho de competitividade da indústria.
 
Fonte: Protec

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