O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, participou no dia 16 de maio de uma reunião entre empresários brasileiros e chineses, para discutir oportunidades de investimentos no Brasil. O evento, que aconteceu na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, contou com a participação de uma comitiva de 60 empresários da China, liderados pelo ministro do Comércio do país, Chen Demin, e pelo diretor-geral da China Investment and Promotion Agency (Cipa), Liu Zuo Zhang. A ABIFINA esteve presente ao evento representada por Wagner de Macedo Parente Filho, gerente de Assuntos Corporativos da empresa associada Oxiteno.


Durante a ocasião, foi assinado um Memorando de Entendimento entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Cipa, que estabelece uma maior cooperação entre as entidades.


De acordo com estimativas apresentadas por Pimentel, os investimentos da China no Brasil devem atingir a marca de US$ 8 bilhões em 2011, e as exportações brasileiras para o país asiático devem crescer 20,5% em relação ao ano passado, para US$ 37 milhões. Mas o ministro deixou claro, que apesar dos números positivos, é preciso diversificar a pauta de exportações.


“Atualmente, cerca de 80% do volume do que é vendido ao mercado chinês está concentrado em apenas três commodities: minério de ferro, soja e petróleo”, afirmou. “Contamos com o apoio do governo chinês para aumentarmos as exportações de produtos com maior valor agregado. Não queremos ser apenas um cliente comercial da China, mas um sócio”.


Chen Demin lembrou que, a partir de 2011, a China colocará em prática seu novo plano quinquenal, que ampliará as importações chinesas e abrirá oportunidades ao Brasil. Além disso, o ministro lembrou que já estão sendo discutidas a implantação de unidades fabris e centros de pesquisa de empresas chinesas, como a Sany, fabricante de equipamentos pesados na área de petróleo, que pretende investir US$200 milhões em uma planta no Sul de Minas Gerais.


Pimentel e Demin participaram ainda de outras reuniões para discutir assuntos como a Rodada de Doha, cooperação aduaneira e propriedade intelectual. Foi discutida ainda a adoção de um novo padrão de câmbio, em substituição do dólar, como referência no comércio Brasil-China. Entre a proposta defendida por Pimentel está a adoção de um cesto de moedas, mas os dois ministros foram enfáticos ao afirmar que a discussão deve ser tratada em um âmbito multilateral.


O presidente do Conselho de Integração Internacional da CNI, Paulo Tigre, afirmou que superar os gargalos e realizar a reforma tributária são algumas das soluções para aumentar a competitividade da indústria nacional. “Precisamos diminuir os nossos custos para competirmos no mercado chinês”, afirma Tigre, que também é presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). “O comércio entre os dois países deve ser dinamizado, e esse processo exige aproveitar melhor a complementaridade entre os mercados e incentivar a integração entre as cadeias produtivas”.

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