Um mercado capaz de movimentar ao redor do mundo o equivalente ao PIB dos Estados Unidos. Esse é o peso do agronegócio na economia global, de acordo com o especialista José Luiz Tejon Megido, co-autor do livro “Marketing e Agronegócio – a nova gestão”. De acordo com o especialista, a cadeia produtiva, desde o pré à pós-produção, movimentam anualmente um volume na ordem de US$ 15 trilhões.


No Brasil, um dos maiores produtores mundiais de alimentos, o montante das cadeias produtivas do agrobusiness representa mais de US$ 500 bilhões, mais da metade do PIB argentino. Mas, de acordo com Megido, apesar dos números impressionantes, é preciso que o País expanda sua produção para atender à crescente demanda, em especial, dos outros países emergentes.


“Com o aumento do consumo, organismos internacionais calculam que será necessário aumentar em 20% a oferta de alimentos no planeta, nos próximos 10 anos. Isso representaria para o Brasil, precisar crescer em torno de 40% a oferta dos bens do agronegócio”, explica. “Mas será que conseguiremos realizar essa façanha em tão pouco tempo?”


O autor cita como os principais gargalos da produção nacional a implementação de uma política agrícola eficiente, defesa sanitária, leis ambientais conflitantes; falta de logística portuária, segmentações entre micros e mega produtores, burocracia, entre outros. Para ele, falta aos dirigentes brasileiros a visão do agronegócio como um conjunto de cadeias interligadas e com fortes demandas sociais, o que retarda a tomada de decisões estratégicas. 

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