PIONEIRISMO BRASILEIRO
Foram anos de pesquisa e desenvolvimento, com investimentos de R$ 25 milhões, até a Eurofarma chegar a uma das principais inovações da indústria farmacêutica nacional: o Fiprima (filgrastima). O medicamento obteve em outubro o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O novo produto é um biossimilar – o primeiro da América Latina – de um medicamento para pacientes com sistema imunológico comprometido devido a transplante de medula óssea ou tratamento quimioterápico.
A Eurofarma está com uma área de produção pronta para produzir o filgrastim, inicialmente com 400 mil doses por ano, podendo dobrar a produção em até dois anos e meio. Além disso, a empresa está construindo estrutura específica para medicamentos biológicos no complexo industrial de Itapevi (SP).
Estimado em US$ 160 bilhões ao ano, o mercado global de biofármacos conta com somente 20 biossimilares registrados, incluindo o produto brasileiro.
PRESENÇA NA COLÔMBIA
A Eurofarma, com uma planta instalada na Colômbia há três anos, pretende dobrar a fabricação de produtos próprios em 2016, a partir da homologação das autoridades sanitárias. Atualmente, a empresa gera 180 empregos diretos e 50 indiretos, com uma produção de 15 milhões de unidades por ano.
PESQUISA PREDITIVA
As empresas cada vez mais usam técnicas computacionais para obter resultados mais rápidos e assertivos em suas pesquisas. A química computacional possibilita prever o comportamento e a toxicidade da molécula no corpo antes de serem iniciados os testes laboratoriais. A Eurofarma também está nessa tendência. “Estamos repatriando dos EUA um profissional de química computacional que vai atuar na seleção in sílica e adquirimos uma participação na Melinta, que desenvolveu novos antibióticos com base em RNA (ácido ribonucleico), responsável pela síntese de proteínas da célula”, antecipou Martha Penna, vice-presidente de inovação da Eurofarma, ao Valor Econômico em outubro.