REVISTA FACTO
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Mai-Jun 2009 • ANO III • ISSN 2623-1177
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//Saiu na imprensa

ABIFINA comenta a notícia

A saída da crise – Efeitos da crise

Valor Online, 6/5/2009

Crescimento sustentável

A internacionalização da economia brasileira teve um início extremamente desastroso, quando o ex-presidente Collor escancarou o mercado interno aos interesses do primeiro mundo sem permitir um período de ajuste à nova situação de competitividade mundial – como inteligentemente fizeram as principais nações emergentes do leste asiático. O resultado dessa inepta e inconseqüente iniciativa teve um elevado custo econômico e social ao País, expresso por fábricas que fecharam as portas, desemprego e desativação de projetos de relevante significado estratégico e econômico. Destaca-se também o absurdo período de apreciação do real na segunda metade dos anos 90, que resultou na crise cambial de 1999, fruto da arrogância de alguns economistas que se consideravam infalíveis. Ou seja, somente a partir dos anos 2000, o Brasil passou a demonstrar uma séria e correta maturidade na condução de sua política econômica. À estabilidade monetária alcançada com a introdução do Real na segunda metade dos anos 90 somou-se à reintrodução de políticas públicas dedicadas à reindustrialização do País, verificadas a partir de 2002. Nesse novo cenário com inflação sob controle, o Brasil vem crescendo de forma sustentada, armazenando reservas em moeda forte como nenhum outro país latino-americano e diversificando seu mercado exportador. Além disso, vem investindo na indústria local, gerando, assim, empregos, que são expressos pela acentuada queda na taxa de desemprego que hoje atinge níveis de primeiro mundo. Certamente, hoje o Brasil está mais preparado para enfrentar e sair dessa crise internacional a um custo e em um prazo bem menores que qualquer outro país no mundo, por desenvolver um processo de crescimento sustentável.

Celso Amorim defende a adesão da Venezuela ao Mercosul

O Globo Online, 30/4/2009

Visão reducionista

A adesão da Venezuela ao Mercosul, como para qualquer outra nação latino-americana, deve ser vista essencialmente sob a ótica dos interesses comerciais envolvidos, já que esse país se encontra em região geopolítica de interesse do Brasil. É necessário ouvir preponderantemente os setores produtivos nacionais, em especial aqueles que atuam na área de comércio externo, sejam importadores ou exportadores. Analisar o ingresso da Venezuela no Mercosul sob o viés ideológico, ou de rejeição pessoal ao seu dirigente máximo, significa antes de qualquer coisa uma visão com enorme miopia política. Ou ainda, um desvio de enfoque por interesses menores, que se explica por partir de um Congresso Nacional que possui partidos políticos interessados apenas no acesso ao poder, a qualquer preço. Em passado não tão longínquo assim, comercializar com a China não podia nem ser cogitado “porque se tratava de um país comunista, e poderíamos ser contaminados pelo vírus socialista”. Em uma economia de mercado não se pode pensar tão canhestramente; tudo muda, até a China mudou. Hoje deverá ser crescentemente o nosso maior mercado para commodities. O Parlamento brasileiro, através de expressivas lideranças partidárias, mais uma vez se apequena quando trata um assunto dessa natureza sob um enfoque voltado aos seus interesses político-partidários. Onde ficam os interesses nacionais, que não dependem de um partido, nem de um governo, mas da nação brasileira?

Reunião de Lula e Lugo sobe Itaipu termina em impasse

BBC Brasil, 8/5/2009

Equilíbrio político

O presidente paraguaio, que não honrou seus repetidos votos feitos à Santa Fé, resolveu agora abocanhar votos junto ao sofrido povo de ascendência guarani, em processo eleitoral ocorrido naquele país. Tendo prometido mais do que poderia fazê-lo, agora tenta a chantagem emocional junto ao presidente do Brasil, sabidamente um homem que tem a máxima consideração e respeito por movimentos sociais que se erguem contra injustas oligarquias implantadas nas Américas. Acontece que Itaipu foi construída integralmente com recursos brasileiros, embora parte deles tenha sido apropriada como “empréstimo” do Brasil ao Paraguai. E empréstimo é dívida que tem que ser paga, diferentemente de auxílio financeiro que o Brasil pode e deve fazer ao seu sofrido irmão. E o Paraguai tem que receber tal empréstimo sem qualquer constrangimento, muito menos embarcar nessa arrogante demagogia de seu líder de ocasião. O presidente Lula tem que manter sua soberana posição já declarada nesse sentido. Mudar, para não “criar problema”, seria dar mais força e sustentação à referida chantagem emocional a que o tema foi submetido – com conclusão indefinida.

Reforma política: Câmara deve apresentar proposta com financiamento público e voto em lista este mês

O Globo Online, 6/5/2009

Magistratura atuante

Toda a vez que se cogita a reforma política no Brasil, surgem essas duas medidas como definitivas e miraculosas providências: financiamento público e listas fechadas. Leia-se: mais dinheiro público alocado para políticos que se têm mostrado insensíveis ao clamor da população contra seus desatinos e abusos com o erário público – que não se restringem a uns poucos partidos, mas a todos – e listas fechadas para maior dominação pelos “donos” dos partidos políticos. Listas fechadas para que os donos dos partidos garantam as vagas para reeleição dos atuais parlamentares, em especial aqueles mais desgastados pelas acusações de corrupção ou falta de ética. Isso é uma vergonha nacional que mereceria o repúdio geral da população, até mesmo pela nulidade dos votos, embora isso, como se sabe, pelo Código Eleitoral não resulta em anulação da eleição. Mas o repúdio geral ao processo eleitoral vigente e aos partidos políticos existentes, certamente resultaria em constrangimentos de autoridades públicas – sejam políticos, sejam da Magistratura -, que certamente conduziriam a séria busca de novos caminhos para se interpretar a vontade do eleitor. A farsa eleitoral vigente, uma vez desnuda, poderia permitir a reconstrução do processo democrático, que é a forma de governo indispensável para as populações no mundo atual. Porém, não pode ser violentada pelo despudor de homens ambiciosos e sistemas viciados. O País necessita, antes de tudo, dar um banho de ética em seus políticos e, com base na dignidade pessoal, construir partidos políticos que expressem ideologias consubstanciadas em programas e propostas concretas de forma a permitir que a população possa examiná-los e, com base nesses fatos, tomar conscientes decisões em quem votar. Mas isso é um projeto ambicioso que tem que ser construído com a participação preponderante da Magistratura brasileira, para conferir um marco regulatório realmente legítimo e que permita que a população possa adequadamente se pronunciar.

Brasil e Argentina terão bancadas ampliadas no Parlasul

O Globo Online, 28/4/2009

Sem bom senso

O Brasil não consegue sustentar um Parlamento minimamente confiável pela sua população e já parte para a construção de um Parlamento Mercosul. A que ponto chega a alienação do político brasileiro? E o que é bem pior, a representação política nesse Parlamento não será proporcional às populações dos diferentes países membros. O Brasil, embora constituindo bem mais que 50% do Mercosul, será parte minoritária no Parlasul. Embora os políticos digam que essa diferença de representação ocorrerá, apenas, num primeiro momento, estamos certos de que jamais haverá o retorno do Mercosul à proporcionalidade populacional de cada país da região. E isso sem se falar nas novas mordomias que serão criadas, relacionadas às consultorias e assessorias que serão montadas. Efetivamente, trata-se de uma total falta de bom senso neste momento de crise internacional criar-se esse elefante branco, verdadeira “Casa da Música” – obra faraônica recentemente montada no Rio de Janeiro.

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