REVISTA FACTO
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Jan-Fev 2008 • ANO II • ISSN 2623-1177
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//Painel do Associado

Farmanguinhos/Fiocruz firma acordo de cooperação com Moçambique

Eduardo Costa, diretor de Farmanguinhos/Fiocruz, reuniu-se com o ministro da Saúde de Moçambique, Paulo Ivo Garrido, para discutir os critérios de cooperação técnico-científica para a instalação de uma fábrica de medicamentos anti-
retrovirais em Moçambique.

Após estudo de viabilidade, realizado pela Fiocruz em Moçambique, foi firmado acordo para o início da implantação da fábrica. A instalação e gerenciamento da unidade serão feitos por Farmanguinhos, até que profissionais moçambicanos sejam capacitados para assumir as funções. De acordo com previsão feita pelos dois países, a fábrica já funcionará no ano de 2009, marcando mais uma etapa de cooperação internacional realizada por Farmanguinhos e sua referência mundial no tratamento da Aids.

Segundo o ministro é de grande importância a cooperação entre Moçambique e Brasil pelos dois países terem características semelhantes como: o passado histórico, a cultura, o clima e a luta pela emancipação e por melhores condições de vida da população. Paulo Ivo relatou não existir indústria farmacêutica em Moçambique.

Farmanguinhos e Blanver comemoram patente de anti-retroviral

Farmanguinhos e a indústria farmoquímica Blanver receberam a avaliação de peritos europeus de que a patente que depositaram, em parceria na Espanha, do anti-retroviral DDI Entérico não infringe direitos de nenhum outro depósito concedido ou depositado no mundo, inclusive no Brasil.

Até o fim do ano, o Brasil deve começar a produzir o medicamento, que faz parte do coquetel anti-Aids e que, hoje, custa quase US$ 10 milhões por ano ao governo federal.

“O registro na Europa é importante, pois permitirá que o medicamento seja exportado”, afirma o diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa. Atualmente, o coquetel é distribuído a 180 mil pacientes no país. Sérgio Frangioni, da Blanver Química, destaca que serão necessários investimentos no primeiro ano, mas que a redução à metade poderá ser atendida certamente antes do terceiro ano de produção.

O princípio ativo – a didanosina – será também produzido no Brasil, graças ao esforço de uma outra farmoquímica privada brasileira – a Globe Química, dentro da política inaugurada por Farmanguinhos de ampliar a garantia de qualidadde de seus produtos pelo estímulo à produção dos princípios ativos no território nacional, passível de acompanhamento pelos técnicos da Fiocruz. Antes de integrar o coquetel do programa DST/Aids do Ministério da Saúde, o medicamento passará por fase de produção dos lotes-piloto e deve receber o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o final do ano.

“Farmanguinhos está em um processo acelerado de desenvolvimento de produtos que possam ter proteção patentária, dentro dos esforços do governo para inovação na nossa indústria nacional”, revela Costa.

Deten – perspectivas de evolução em mercado globalizado

O LAB, principal produto da Deten, e o LAS, produto obtido da sulfonação do LAB, destinam-se, basicamente, à produção do linear alquilbenzeno sulfonato de sódio, LASNa, produto mais utilizado no mundo na industrialização de detergentes biodegradáveis. A capacidade de produção atual de LAB da Deten é de 220 mil t anuais, sendo o mercado brasileiro hoje da ordem de 150 mil t/ano (após aumento de 5,5% em 2007). O diretor comercial da empresa, Sergio Spieler, diz que caso se observe o crescimento acelerado dessa demanda, já há projetada uma ampliação da produção para 260 mil t/ano, que é executável em prazo de um ano.

O aumento acentuado do preço das matérias-primas petroquímicas utilizadas na produção do LAB, a partir de 2004, revelou a tendência mundial de redução do percentual de matéria ativa dos detergentes e, como conseqüência, o decréscimo do crescimento de seu consumo. Spieler alega que em razão do impacto negativo gerado na qualidade dos produtos, essa redução chegou a seu limite. “O consumo de LAB voltou então a crescer mundialmente, em 2007, à base de 3%, com ênfase para os mercados asiáticos, principalmente China e Índia.”

Para o diretor comercial, na área petroquímica existem exemplos de expansão da atuação voltada para o mercado internacional, como a Petrobras, Braskem e Oxiteno. Com relação a incentivos do governo para a evolução no mercado globalizado, ele vê com otimismo, na área específica de detergentes e produtos de limpeza, uma iniciativa conjunta da Abipla com a Apex, que teve início em 2007, visando aumentar as exportações do setor. “Essa medida deverá apresentar resultados nos próximos dois anos”, espera Spieler.

Bio-Manguinhos tem vacina pré-qualificada pela OMS

Bio-Manguinhos foi comunicada, em janeiro, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que a vacina contra meningite meningocócica A e C, produzida em parceria com o Instituto Finlay de Cuba, foi pré-qualificada para fornecimento às agências das Nações Unidas.

“A pré-qualificação conferida pela Organização Mundial da Saúde para a nossa vacina demonstra a alta capacitação científica e tecnológica atingida por Bio-Manguinhos, pois os procedimentos para a obtenção desta pré-qualificação são muito complexos, detalhados, exigentes. Bio-Manguinhos, junto com o CIGB/Cuba, são os únicos laboratórios produtores de vacinas da América Latina que possuem esta certificação. Portanto, mais uma grande e importante conquista”, afirma dr. Akira Homma, diretor do instituto.

Em janeiro de 2007, os dois institutos estabeleceram um acordo de produção compartilhada para atender à produção emergencial da vacina com os quantitativos requeridos pela Organização. Inicialmente, o fornecimento seria feito para Burkina Faso, Chad, Costa do Marfim, Mali, Nigéria e Sudão.

Bio-Manguinhos já forneceu cerca de 1,9 milhão de doses da vacina para Mali, que foram entregues diretamente ao país. Até 10 de março deste ano, o instituto vai fornecer mais 3,6 milhões de doses para a OMS.

Bio-Manguinhos e GSK assinam contrato de transferência de tecnologia

Bio-Manguinhos e a GlaxoSmithKline (GSK) assinaram contrato de transferência de tecnologia para produção da vacina contra rotavírus. A previsão é de que cerca de 50 milhões de doses da vacina sejam produzidas nos próximos cinco anos. A produção atenderá integralmente à demanda do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Para o diretor de Bio-Manguinhos, a aliança permite ao instituto ampliar sua contribuição ao calendário de imunizações brasileiro e, mais uma vez, participar efetivamente dos programas públicos que visam garantir saúde à população. “A produção da vacina contra rotavírus também representa a continuidade de um projeto maior: o de fortalecer o Brasil estrategicamente investindo em capacitação científica, tecnológica e industrial.”

Segundo o acordo, a GSK Biológicos transferirá tecnologia para que o instituto produza e forneça a vacina contra rotavírus para o mercado público brasileiro, cuja nacionalização total das etapas de produção está prevista para 2012. Estima-se uma economia de, pelo menos, US$ 100 milhões em um prazo de cinco anos com a incorporação definitiva da tecnologia.

Bio-Manguinhos inaugura nova unidade produtiva

A inauguração do Centro de Produção de Antígenos Virais (CPAV), do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, representa mais do que o acesso a vacinas para a população em geral. Para o diretor do Bio-Manguinhos, Akira Homma, a capacitação em produção de vacinas essenciais do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, vem para fortalecer a inovação tecnológica do país e contemplar as pessoas mais carentes. “No momento em que nós nacionalizamos toda a produção de vacinas, estamos garantindo o acesso à população que precisa”, ressalta Akira, que atribui essa conquista a um esforço do atual governo: “Os laboratórios parceiros também estão vendo que há um mercado importante aqui. Tudo isso em função da capacitação tecnológica hoje existente, que está sendo apoiada e fortalecida pelo governo.”

Blanver como empresa farmoquímica na área exportadora

A Blanver atua no mercado internacional desde 1985, passando a exportar efetivamente em 1988. O diretor comercial, Sérgio Frangioni, considera bastante difícil, hoje em dia, seguir uma regra padronizada de segurança para a aceitação dos farmoquímicos no mundo. Para ele, organismos internacionais como FDA e Comunidade Européia estabeleceram uma regulamentação genérica que vem sendo modificada a cada ano, em função das exigências de cada mercado. “Por isso, a Blanver segue um organismo independente, que por sua vez é muito mais rígido e abrangente para o nosso setor: o IPEC (International Pharmaceutical Excipient Council). O Conselho é formado pelos principais fabricantes de excipientes mundiais (onde a Blanver tem assento representativo), que elaboraram normativas mais especificas para o setor”, sublinha Frangioni.

Segundo o diretor, no Brasil existe uma situação atípica, pois foi criada uma regulamentação rígida para os produtores nacionais, que não é seguida para os produtos importados: “Estamos vendo uma movimentação do governo no sentido de termos uma isonomia geral, porém o setor aguarda hà alguns meses que as autoridades formalizem as propostas encaminhadas.” Frangioni acha que o país deveria seguir como exemplo as normativas estabelecidas por países no exterior como EUA, Europa e Japão e tentar ajustá-las para as características locais. Porém, adverte: “Deveríamos ter o mesmo nível de exigência para os demais fabricantes que pretendam trazer seus produtos para o Brasil.”

Atualmente, a Blanver possui três centros de distribuição próprios nos EUA, México e Espanha, e aproximadamente 40 distribuidores exclusivos atuando em aproximadamente 100 países. O diretor comercial considera o contato com os mais variados mercados, uma vantagem importante para a empresa: “Com isso, estamos em constante evolução, sempre aprendendo com nossos clientes e trazendo esta tecnologia para o Brasil. O resultado final são produtos farmacêuticos mais econômicos e de melhor qualidade.”

Eurofarma se recupera após incêndio

Pouco mais de um mês após o incêndio no Centro de Distribuição de Tamboré, que dizimou todo o estoque de produtos acabados da empresa, a Eurofarma Laboratórios comemora a rápida recuperação de produção e recomposição de estoques para distribuição de seus produtos por todo o país.

A rápida retomada só foi possível com o envolvimento de toda a equipe industrial e de operações, que trabalhou em esquema de contingência, em três turnos e durante os fins de semana, e superou as metas estabelecidas pela alta direção da organização.

“A crença de que o nosso capital humano é o maior patrimônio da organização só se fortaleceu com o acidente em Tamboré. É notória a capacidade de recuperação da empresa e isso se deve principalmente ao grau de competência e comprometimento da nossa equipe. Estamos seguros de que 2008 será mais um ano vitorioso para a Eurofarma”, declara o vice-presidente comercial da Eurofarma, Júlio César Gagliardi.

Medley lança Lopigrel

O novo medicamento é mais uma alternativa para reduzir o número de mortes causadas por acidente vascular cerebral (AVC) e por infarto do miocárdio. O Logiprel é um anticoagulante e, segundo a empresa, pode reduzir a incidência de infarto e derrame por um custo até 58% mais barato que o de referência.

Aché entra nos Estados Unidos e Canadá

O Aché Laboratórios fechou um acordo de representação com a norte-americana RFI Ingredients, empresa do setor de suplementos alimentares e fitomedicamentos, para distribuição e licenciamento do Acheflan® a empresas e redes de grande porte dos Estados Unidos e Canadá.

Segundo a empresa, o Acheflan®, elaborado a partir da erva-baleeira, foi escolhido para abrir as exportações aos Estados Unidos e Canadá por seu perfil inovador, eficácia e pelo grande interesse desse mercado por extratos padronizados de plantas da flora brasileira.

A estimativa do Aché é que o licenciamento do creme de Cordia verbenacea aumente para US$ 4 milhões as vendas ao mercado externo em 2009, um crescimento de 80%. “Nossa previsão é que no primeiro ano sejam comercializadas 100 mil unidades do creme e que, em 2009, esse número aumente para 500 mil unidades”, informa José Ricardo Mendes da Silva, diretor-geral de Operações.

O Aché fornecerá o produto final já embalado, com os devidos ajustes de rótulos e bulas para empresas licenciadas, que utilizarão marcas próprias para sua comercialização. Já sua produção será mantida nacionalmente, na unidade de Guarulhos (SP).

Aché lança sibutramina

O Aché Laboratórios Farmacêuticos lança Biomag® (cloridrato de sibutramina monoidratado), indicado para o tratamento da obesidade quando somente a dieta e exercícios comprovam-se ineficientes.

“Estamos lançando um produto com garantia e qualidade Aché, com preço bastante atrativo no mercado. Nosso objetivo é dar acesso a um número maior de pacientes que necessitam fazer uso dessa medicação”, explica Marcelo Neri, diretor de Unidade de Negócio Prescrição.

FCC SA assina acordo para implantação da Procat

A Fábrica Carioca de Catalisadores S.A. e a UFRJ assinaram o contrato de cessão da área onde a planta protótipo, o Parque Tecnológico de Santa Cruz (PTSC), para pesquisa na área de catalisadores será instalada, em regime de comodato.

Esta unidade, batizada de Procat, será implantada através de um projeto de infra-estrutura da Petrobras com a Escola de Química da UFRJ. A planta, cujo investimento total está estimado em R$ 27 milhões, terá uma área construída de 760 m2 em uma área total de 2.250 m2 dentro do PTSC. O início das operações da Procat está previsto para 2009.

A Procat permitirá à FCC S.A. agilizar suas pesquisas e testes nas áreas de catalisadores de FCC e produtos afins, e servirá para a UFRJ e o Cenpes ampliarem suas pesquisas nas áreas de catalisadores e biocombustíveis.

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