REVISTA FACTO
...
Jun-Jul 2006 • ANO I • ISSN 2623-1177
2023
73 72 71
2022
70 69 68
2021
67 66 65
2020
64 63 62
2019
61 60 59
2018
58 57 56 55
2017
54 53 52 51
2016
50 49 48 47
2015
46 45 44 43
2014
42 41 40 39
2013
38 37 36 35
2012
34 33 32
2011
31 30 29 28
2010
27 26 25 24 23
2009
22 21 20 19 18 17
2008
16 15 14 13 12 11
2007
10 9 8 7 6 5
2006
4 3 2 1 217 216 215 214
2005
213 212 211
//Artigo

Bio-Manguinhos Faz Trinta Anos

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz, mais conhecido como Bio-Manguinhos, completou trinta anos em maio deste ano, completando três décadas de relevantes serviços prestados à saúde pública brasileira.

Bio-Manguinhos foi criado em 4 de maio de 1976, no bojo de uma ampla reestruturação da antiga Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com a finalidade específica de aumentar o número, a quantidade e a qualidade da produção de vacinas no País.

No início de suas atividades Bio-Manguinhos contava apenas com uma produção relevante, a da vacina contra febre amarela. Seus demais produtos eram fabricados de maneira artesanal, em laboratórios acanhados que não obedeciam às normas de qualidade e segurança que vinham sendo aperfeiçoadas e adotadas mundialmente. O Brasil seguia importando consideráveis quantidades das vacinas necessárias ao Programa Nacional de Imunizações, estabelecido em 1973. A erradicação mundial da varíola, ocorrida na década de 70, a contenção da febre amarela e o sucesso no combate à poliomielite deram um enorme prestígio aos programas de imunização e Bio-Manguinhos recebeu apoio para crescer e diversificar-se. Vieram os investimentos necessários para a produção local da vacina contra meningite A/C, numa parceria com o Instituto Merieux, a vacina contra sarampo com tecnologia japonesa do Instituto Biken e a vacina antipólio, importada, mas melhorada tecnicamente no instituto.

A história de Bio-Manguinhos foi pontilhada de altos e baixos, sempre lutando com dificuldades para sua modernização, que quase sempre refletiam as dificuldades políticas e econômicas do Estado. Ao final da década de 90, com a transferência de uma vacina conjugada de última geração, a vacina contra Haemophillus
influenzae, o instituto passou a contar com um fluxo mais generoso e constante de recursos que lhe permitiu desenvolver um ambicioso plano de reorganização e modernização, seja de suas instalações, seja de seus métodos administrativos, seja da qualificação de seu pessoal. A ênfase na qualidade pontuou todo este esforço, que ainda prossegue.

Para comemorar seus trinta anos, Bio-Manguinhos reuniu no Rio de Janeiro algumas das maiores autoridades mundiais em biotecnologia e vacinologia, em um simpósio que procurou traçar um perfil da situação da biotecnologia aplicada à saúde brasileira e mundial. Temas como a possível pandemia da gripe aviária causada pelo vírus H5N1, as perspectivas da produção de uma vacina contra o vírus HIV ou o avanço no desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra a dengue foram tratados, lado a lado com a apreciação do papel representado pelos laboratórios estatais dos países emergentes e sua contribuição ao controle mundial das doenças virais e bacterianas. Bio-Manguinhos tem um papel destacado entre os produtores de vacinas dos países menos desenvolvidos. É o maior produtor mundial de vacina anti-amarílica e a qualidade e confiabilidade de sua produção é hoje reconhecida internacionalmente exportando crescentes quantidades desta vacina para os programas de imunização coordenados ou apoiados pela Organização Mundial de Saúde.

A Frustração na Rodada de Doha
Anterior

A Frustração na Rodada de Doha

Próxima

Confira as notas sobre iniciativas e eventos do setor de química fina e de seus associados