Empresa tem planos de se tornar a maior multinacional brasileira do setor farmacêutico




A EMS, indústria farmacêutica localizada em Hortolândia, inaugurou ontem uma nova planta de embalagens de medicamentos sólidos na cidade.


O empreendimento fica no complexo fabril do laboratório, recebeu R$ 150 milhões em investimentos e gerou 200 empregos diretos. A planta faz parte de um plano de expansão da companhia, cujos recursos previstos até 2014 somam R$ 600 milhões.


A meta da direção da empresa é ser a primeira e maior multinacional brasileira do setor. A estratégia para ganhar o mundo passa pelo reforço da estrutura da fabricante no Brasil e também pelo desenvolvimento tecnológico.


A EMS aposta na criação de novos medicamentos de referência e da geração de patentes para conquistar mercados fora do País. Hoje, as exportações representam 5% do faturamento da companhia e o comando da empresa quer chegar a 15%.


Na região, a EMS também irá inaugurar no próximo ano uma unidade em Jaguariúna. Além dessa planta, a farmacêutica está construindo uma unidade em Manaus e outra em Brasília.


A fábrica de embalagens inaugurada ontem com a participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem uma área de 12 mil metros quadrados e capacidade de 76 milhões de unidades por mês.


Ela vai produzir 12 linhas de produtos, que podem embalar, cada uma, até 600 blísteres por minuto. Com isso, a fabricante vai elevar a capacidade de produção de medicamentos de 45 milhões de unidades para 76 milhões de unidades por mês, com o objetivo de sustentar a expansão projetada pela empresa nos próximos anos.


O presidente do Conselho Administrativo da EMS, Carlos Sanchez, afirmou que o caminho da empresa para ser a maior multinacional brasileira do setor não será pela produção de genéricos.
“Temos que inovar e essa é a nossa aposta. Vamos trabalhar com novos medicamentos de referência e na geração de patentes”, disse. Ele ressaltou que atualmente as exportações correspondem a 5% do faturamento da empresa. “Nossa meta é chegar a 15%”.


O projeto de expansão da EMS no Brasil prevê a abertura das novas unidades no próximo ano. De acordo com a fabricante, a de Jaguariúna será a responsável pela produção de suplementos alimentares. A empresa deverá contratar 150 pessoas para a planta.Em Manaus, serão produzidos comprimidos e cápsulas (sólidos) e devem ser gerados mais 300 postos de trabalho. E na cidade de Brasília, serão fabricados medicamentos oncológicos, antibióticos e hormônios. Segundo a empresa, serão contratadas 300 pessoas.


Com os investimentos, a capacidade de produção da farmacêutica será de 1 bilhão de unidades por ano. Durante a cerimônia de inauguração, Sanchez salientou que é preciso investir nas parcerias público privadas para ampliar o setor de medicamentos no Brasil. Ele também comemorou o fato da Bionovis, empresa formada pela Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, ter conseguido nesta semana o registro do Etanercepte – medicamento biológico desenvolvido e fabricado totalmente no Brasil.


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que as parcerias entre os laboratórios governamentais e a iniciativa privada são um dos caminhos adotados pelo governo para o desenvolvimento do setor farmacêutico no Brasil e também para capilarizar o acesso de mais pessoas aos medicamentos.


“A indústria que faz a transferência de tecnologia para os laboratórios públicos tem a garantia de que o Ministério da Saúde irá comprar o produto”, pontuou. Padilha disse que dessa forma é possível fortalecer o setor e baratear o custo das compras governamentais com remédios.


O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), comentou que há vários acordos assinados ou em análise pelos laboratórios estaduais e empresas privadas. “Há projetos relevantes que estão em andamento. O Estado de São Paulo tem o maior laboratório estatal de fabricação de medicamentos, o Furp (Fundação para o Remédio Popular). E vamos lançar um novo edital para a construção de uma segunda fábrica que será totalmente em uma parceria público privada”.


Fonte: Correio Popular

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