Vinte e um de junho é uma data histórica para Farmanguinhos, Hayne Felipe é reconduzido à Diretoria da unidade num momento em que a democracia brasileira chega ao auge de seu significado. A cerimônia foi realizada no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), em Jacarepaguá, e contou com a presença do presidente da Fiocruz, de alguns de seus vice-presidentes, e demais diretores da instituição, funcionários de outras unidades da Fundação, além de representantes de órgãos do Ministério da Saúde e empresários do setor farmacêutico. Além disso, a família do diretor teve um lugar especial na plateia.


A reeleição veio após um processo eleitoral que demonstrou a maturidade democrática na instituição, com debates na comunidade interna. Hayne venceu com 72,76% dos votos, o que reforça a aprovação de sua gestão. Durante seu discurso, o diretor preferiu não prestar contas, nem analisar conquistas, muito menos fazer relação de propostas de trabalho. Apenas agradeceu o apoio dos trabalhadores. “As vitórias obtidas até aqui não são obras de uma só pessoa, foram e serão sempre frutos de um trabalho coletivo”, destacou.


O diretor não esqueceu amigos e, principalmente, sua família. “Por várias vezes somos assaltados pelo medo e tensão, causados pelas batalhas do dia a dia na gestão pública. Nesses momentos, o socorro vem dos amigos e da família. Quero, então, agradecer a todos os amigos que nos ajudaram nesta caminhada. O companheirismo demonstrado, seja por meio de apoio em declarações, nas atividades de campanha ou nas orações, foi a força indispensável para obtermos esta vitória. Muito obrigado”.


Os agradecimentos se estenderam ao Ministério da Saúde e às instituições parceiras, públicas e privadas, pelo trabalho integrado “dentro dos princípios de gestão de Farmanguinhos: de comportamento republicano, de trato ético e transparente com os recursos públicos e na atenção maior para com a saúde da população”.


O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, destacou o papel de Farmanguinhos no desenvolvimento da política de saúde pública do país. “Não sou partidário, sou da Fiocruz. E quando se fala em Fiocruz, a legitimidade vai lá pra cima. Trabalhamos para que o resultado possa chegar às mãos da população. E essa característica está no DNA do Hayne”, salientou.


Estratégia e mobilização – Hayne ressaltou que têm sido exitosas as estratégias para consolidação de uma política industrial nacional. Numa breve viagem ao passado,  falou da desconfiança das primeiras Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs). “Porém, hoje, as vozes das ruas aumentam nossas esperanças. Uma política que visa à redução de gastos, a internalização de tecnologias e a soberania nacional; uma política na compreensão que o binômio saúde-desenvolvimento seja trabalhado sob priorização das demandas do SUS; uma política cujo objetivo maior seja ampliar o acesso aos medicamentos à população brasileira. Caminhantes, este é o caminho”.


O diretor falou ainda sobre a importância de Farmanguinhos para a saúde pública nacional. “Nossa unidade, dentro do seu propósito institucional de ser uma instituição pública, estatal e estratégica de Estado assumiu, na definição de sua missão, total identidade e adesão ao princípio maior da política: a ampliação do acesso aos medicamentos”.


O presidente da Fundação, Paulo Gadelha, reforçou o sentido democrático da Fiocruz. “A Instituição tem capacidade de se trabalhar com diferentes posições, por meio de uma gestão democrática e participativa, para definirmos os rumos da pesquisa em saúde para o país. A Fiocruz é pedra fundamental do ideal de um sistema universal e participativo. O mesmo ocorre com Farmanguinhos”. O presidente disse ainda que assistência farmacêutica significa acesso universal, não segmentado. “O fundamental é o que será. E o que será, será de avanços significativos”, enfatizou.


Ele disse ainda que Farmanguinhos é uma unidade fundamental para o Estado brasileiro e citou alguns dos projetos. “Estamos conversando com o Ministério da Saúde para iniciar o projeto do Centro de Referência em Síntese Química. Além disso, estamos juntos com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), trabalhando para o desenvolvimento de medicamentos oncológicos e, com isso, servir às necessidades do país”.


O presidente da Associação dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc), Paulo Garrido, lembrou a trajetória do Hayne à frente da Presidência do Sindicato. Além disso, Garrido falou do momento importante que o Brasil atravessa. “Convoco todos os trabalhadores para segunda-feira (24/6) participar do primeiro debate sobre a posição do sindicato frente ao movimento popular que vem ocorrendo no país”. Segundo ele, a Fiocruz, Farmanguinhos e o Brasil podem contar com o apoio dos trabalhadores da instituição por uma saúde pública de qualidade.


O vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e sua Especialidades (Abifina), Nelson Brasil, destacou a cooperação entre Farmanguinhos e a entidade, o que ele chamou de “parceria leal pela saúde pública do país”. Neste sentido, lembrou o licenciamento compulsório do Efavirenz, e criticou a mídia pela falta de apoio naquela ocasião. Destacou ainda as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) como grande lema de redenção econômica do país. Ao todo, o país já formalizou 90 parcerias. Nelson Brasil salientou a preocupação da Fiocruz, representado por Farmanguinhos, com a saúde pública. “Prova disso é que o Hayne tem feito excelente gestão para a execução dessa política de soberania nacional no que diz respeito à produção de medicamentos”, disse.


A funcionária do Núcleo de Assistência Farmacêutica, Vanessa Trindade, disse que a reeleição do Hayne foi uma grande vitória. “Mostrou o que a maioria queria. Vamos esperar os próximos quatro anos, e que eles venham com muitas conquistas”. Já a vice-diretora da Asfoc, Justa Helena Franco, disse que o Sindicato está muito feliz por esse segundo mandato. “O Hayne está muito ligado à Asfoc. Graças a ele, construímos muitos dos nossos valores. Assumindo esse segundo mandato é muito importante para dar continuidade ao processo democrático na Instituição. Além de ele ser muito importante para Farmanguinhos, é importante também para a Fiocruz”.


Nova Diretoria – O diretor citou o poeta inglês John Donne ao apresentar a nova equipe que vai compor a Diretoria na gestão 2013-2017. “Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo”. Com esta certeza, apresentou Elda Falqueto como a nova vice-diretora de Operações; Katia Miriam como a nova coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico e Vânia Dornellas como a nova chefe de Gabinete. Os demais vices e coordenadores permanecerão no cargo, ou seja:


Vice-diretoria de Gestão do Trabalho, Lucimar Junior;


Vice-diretoria de Gestão Institucional, Jorge Mendonça;


Vice-diretoria de Ensino, Pesquisa e Inovação, Márcia Coronha;


Coordenação de Gestão da Qualidade, Shirley Trajano;


Coordenação de Cooperação Internacional, Lícia de Oliveira;


Núcleo de Gestão da Informação, Maria das Graças Silva;


Núcleo de Assistência Farmacêutica, Antônio Carlos Morais.


Pouco antes de apresentar os nomes, Hayne emocionou a plateia ao pedir que o técnico de som pusesse Elis Regina interpretando o trecho da canção de Milton Nascimento, Márcio Borges e Fernando Brant, utilizado como mote da campanha, e que serve de título a esta notícia.


Fonte: Fiocruz

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