Para atingir o plano estratégico de dobrar, em apenas cinco anos, o faturamento anual da empresa, que hoje é superior a R$ 1,5 bi, segundo o valor computado no último exercício-fiscal, a Ourofino Agrociência inicia um novo momento gerencial. A partir de 1º de junho, Marcelo Abdo, que é colaborador desde a fundação do empreendimento, em 2010, e estava como vice-presidente, assume a posição de CEO da companhia de defensivos agrícolas.
Abdo, formado em ciências econômicas e com especializações em competências gerenciais, finanças e com MBA em agronegócios, ocupa a posição no lugar de Norival Bonamichi, sócio-fundador do negócio. Bonamichi agora é o novo presidente do Conselho de Administração, grupo composto pelo também sócio-fundador da Ourofino Agrociência Jardel Massari. Ainda, fazem parte do grupo conselheiros externos e dois representantes das companhias japonesas Mistui e ISK, que têm participação no capital da indústria. Bonamichi será responsável por dois comitês: Pesquisa & Desenvolvimento e Assuntos Regulatórios.
Ao lado do novo CEO na gestão da companhia está Alessandro Flamini, antes diretor financeiro e, agora, CFO. Assim como Abdo, Flamini tem uma longa carreira na empresa, de 10 anos. Os dois assumem os principais cargos gerenciais em um estágio de virada na condução do negócio. Pela primeira vez, a Ourofino Agrociência entregará ao mercado um produto patenteado próprio, desenvolvido pela ISK. A solução conta com uma molécula inédita no Brasil.
A empresa ainda tem um plano robusto de lançamento de 11 produtos para estes próximos meses de 2021. Com isso, reforçará a participação no principal mercado agrícola do país, a sojicultura. Atualmente, a cana-de-açúcar representa a maior parte do market share da companhia. Em ambos, no entanto, a Ourofino Agrociência visa crescimento e espera terminar o exercício-societário, em março de 2022, com participação de dois dígitos em cana e com crescimento expressivo na cultura de soja.
Desde 2019, quando as parcerias com a ISK e a Mitsui foram firmadas, a indústria de origem brasileira avança em pesquisas de mercado e também pesquisas científicas, para se tornar cada vez mais competitiva. O plano de dobrar o faturamento está amparado justamente nesse processo iniciado anos atrás e no propósito de reimaginar a agricultura brasileira, entregando produtos adequados ao clima e ao solo tropicais.
Em cinco anos, a expectativa é atingir mais R$ 3 bi de faturamento. Além disso, a companhia estabeleceu para os próximos 10 anos a meta de R$ 5 bi, o que, segundo Marcelo Abdo, deve se cumprir com uma gestão arrojada, que visa principalmente o desenvolvimento das pessoas.
“Buscamos a excelência operacional e vamos investir fortemente para aumentar a qualificação dos cerca de 450 colaboradores da companhia. Do operador ao líder, todos terão ainda mais chance de crescer e desenvolver novas competências. Esse processo já foi iniciado e envolve, principalmente, a análise de todo o time Ourofino Agrociência”, afirma o novo CEO. Inclusive, recentemente, a indústria anunciou Luciana D’Elboux Lourenço como a nova diretora da área de gestão de pessoas, e mais mudanças no quadro estão previstas para breve.
Outros investimentos devem acontecer durante esse novo ciclo, mas Abdo faz questão de destacar a capacidade de produção da fábrica da empresa, situada em Uberaba (MG). “Considerada uma das melhores do mundo por auditores, a nossa indústria tem hoje a capacidade de produzir 120 mi kg.L/ano. No último ciclo, o total produzido foi 55 milhões, um recorde, mas também um número que demonstra a nossa capacidade de escalar a produção. Além disso, a fábrica foi planejada para o crescimento, então, literalmente, podemos tirar o teto, incluir novos reatores, por exemplo, e expandir os números atuais”, explica.
Ainda que haja essa possibilidade, no entanto, o executivo aposta que ela não será necessária para o cumprimento da primeira meta relativa ao faturamento da companhia. “Estamos em um momento muito significativo do negócio. O lançamento de um produto patenteado nos coloca em pé de igualdade com outras companhias do setor. A gestão da Ourofino Agrociência é também um ponto forte. Em 10 anos, o PDD – provisão para devedores duvidosos – é de apenas 0,18%; não é número comum no segmento. Apesar de termos passado por um ano desafiador, cumprimos todas as metas previstas e não precisamos dispensar uma única pessoa do quadro de colaboradores”, reforça Abdo.
Balanço Anual
Neste mês, a empresa também anuncia o resultado relativo ao ciclo financeiro iniciado em abril de 2020 e encerrado em março deste ano. O balanço é positivo. Com faturamento de R$ 1,521 bi, a Ourofino Agrociência registrou o EBITDA de R$ 197 mi, o que corresponde a uma margem de 13,8%, e um lucro líquido de R$ 90 milhões.
No exercício-societário encerrado, a empresa aumentou ainda o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Passou de R$ 30,2 mi do ciclo 19/20 para R$ 35,9 mi nesse último período.
Fonte: Ourofino Agrociências