Criada em 1984 com o objetivo de atuar no mercado de excipientes, empresa brasileira passou a focar integralmente na produção de medicamentos

 

Ao longo dos anos, com as mudanças nos diferentes mercados, as empresas precisam se adaptar para sobreviverem em um ambiente corporativo cada vez mais competitivo. A Blanver é um dos exemplos disso. Fundada em 1984, a indústria começou seus trabalhos focada exclusivamente no desenvolvimento dos chamados excipientes, que podem ser usados tanto no segmento farmacêutico – para ajudar na absorção de remédios no organismo – como no alimentício, ajudando a manter a uniformidade e textura dos alimentos.

Entretanto, como sempre foi pautada por investimentos em novos negócios, na década de 1990, a indústria passou também a fabricar medicamentos. “A diversificação de atuação era fundamental para que pudéssemos nos desenvolver e crescer de forma sustentável sem depender de um único segmento de produção”, explica Sérgio Frangioni, CEO da Blanver.

Em 2016, um novo passo foi dado com a aquisição de 100% de participação em uma unidade de Insumos Farmacêuticos Ativos – IFAS, matérias-primas utilizadas na fabricação de medicamentos. Na ocasião, Frangioni afirmou que essa ação “faz parte de uma estratégia de crescimento da empresa. O conhecimento mais profundo deste elo na produção de medicamentos contribui na consolidação de nosso comprometimento com as políticas de saúde de uma maneira em geral”.

No ano seguinte, a Blanver decidiu que era o momento de focar em medicamentos e IFAs. Para isso, venderam a Itacel, divisão dedicada a excipientes, para a Roquette, empresa líder global em ingredientes funcionais alimentícios e excipientes farmacêuticos.

“Acreditamos que este foi o melhor momento para fazer essa negociação, principalmente porque decidimos concentrar nossa expansão nas duas outras divisões do grupo, de insumos e medicamentos, que se tornaram muito importantes para o nosso negócio”, diz Frangioni.  Entre 2016 e 2017, reforçando esse novo pensamento, a Blanver investiu mais de R$ 60 milhões ampliar  e modernizar sua unidade de IFAs, localizada em Indaiatuba.  

Atualmente, a indústria se dedica principalmente aos medicamentos para tratamento de HIV e Hepatite C distribuídos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de PDPs (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo), com o Ministério da Saúde e laboratórios oficiais do governo.  “Buscamos investir no desenvolvimento de drogas que ajudem o paciente a ter mais qualidade de vida, a um custo acessível”, explica Frangioni.

A Blanver também prevê disponibilizar alguns medicamentos para venda em canais privados em breve. Além, de implementar seu plano de internacionalização para a exportação de medicamentos. O plano inicial tem como destino, primeiramente, a América Latina, e, em uma segunda fase, a Europa, Canadá e OMS. 

 

Fonte: Blanver

 

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