A Coalizão Empresarial Brasileira (CEB) reuniu-se no dia 04 de julho, em Brasília, com o objetivo de atualizar os membros quanto à agenda brasileira de negociações. O encontro contou com a presença do embaixador Paulo Estivallet, chefe do departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do ministro Ronaldo Costa, chefe do departamento de Negociações Internacionais do MRE, de Daniel Godinho, diretor do departamento de Negociações Internacionais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), além da ABIFINA, representada pela assistente técnica, Fernanda da Costa.


Na reunião, foram debatidos temas referentes à preparação para a Conferência Ministerial de Bali, promovida pela Organização Mundial do Comércio (OMC), e a negociação entre Mercosul e União Européia. Para o primeiro item, entre os assuntos previstos para discussão na reunião da OMC, que será realizada em dezembro de 2013, estão os temas agrícolas e de facilitação de comércio. Para a questão agrícola existem três propostas em discussão: a proposta do G-20 agrícola sobre administração de quotas tarifárias (TRQs); a proposta do G-33 sobre composição de estoques públicos para segurança alimentar; e a proposta do G-20 sobre competição nas exportações. Já quanto à facilitação de comércio, o debate não tem tido avanços concretos, principalmente em relação à questão de tratamento especial e diferenciado.


Sobre as negociações entre Mercosul e União Européia, o encontro não apresentou novidades. O Governo realizou reuniões setoriais com diversas entidades para analisar e melhorar as ofertas de produtos de cada setor para uma futura troca de ofertas do acordo e, na ocasião, foi solicitada uma listagem das prioridades para que no caso de não atendimento da meta de 90% de cobertura seja possível arbitrar em cima das informações. Entretanto, como a meta não foi alcançada, Daniel Godinho solicitou às entidades um exercício de flexibilização, pois, apesar do empresariado querer o acordo, a lista de sensíveis aumentou consideravelmente.


Com relação ao comércio exterior, a segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), houve redução do superávit brasileiro de cerca de 74% e a perda de participação dos produtos que tradicionalmente eram comprados do Brasil e agora são importados de outros países. A Fiergs entregou à CEB um documento intitulado “Barreiras Argentinas: Um muro na fronteira”, onde informa a dificuldade brasileira nas exportações para o país.

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