Brasília – “Não podemos deixar a indústria brasileira acabar”, declarou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, ao defender nesta segunda-feira, 12/03, rapidez do governo em iniciativas de apoio à indústria, como a adoção de medidas que encurtem os prazos dos licenciamentos ambientais, aumentem os investimentos em infraestrutura e diminuam a burocracia.


Segundo ele, a agilidade é fundamental para tirar a indústria da estagnação, acentuada no tímido crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. “Essas medidas, que podem ser resolvidas no âmbito do Poder Executivo e não dependem de aprovação de leis no Congresso, precisam ser agilizadas”, declarou o presidente da CNI em entrevista à rádio Jovem Pan.


Elogiou as ações governamentais para atenuar a valorização cambial, como a ampliação do prazo de cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na liquidação das operações cambiais, e proteger a indústria nacional de concorrências desleais, como o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) nos carros importados de quem não opera fábrica no Brasil.


 “Estamos no caminho certo. Isso é necessário, pois o Brasil enfrenta problemas estruturais que vão demorar mais tempo para serem corrigidos, como as questões tributárias e a deficiência de infraestrutura. Enquanto não conseguimos resolver essas questões, não podemos deixar a indústria brasileira acabar.”, assinalou.


Andrade enfatizou que o setor industrial é estratégico para o país, por ser responsável pelo desenvolvimento de novas tecnologias, aumento da competitividade de outros setores e qualidade do emprego. Acrescentou que a indústria paga bons salários e qualifica trabalhadores de ponta para o desenvolvimento do país. “O Brasil não pode abrir mão de sua indústria”, ressaltou.


Previu,  para este ano, que a atividade industrial deve manter-se próxima à estabilidade, mas disse esperar que a participação da indústria no PIB deve cair, pelo acirramento da concorrência com os produtos importados,  devido à valorização do câmbio e aos gargalos estruturais à ampliação da competitividade . “Precisamos preparar, em 2012, as bases para crescermos melhor a partir de 2013”, concluiu o presidente da CNI.


Diretoria de Comunicação
Sistema Indústria (CNI SESI SENAI IEL)

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