A edição nº 670 da Revista Química e Derivados (agosto/2025) traz artigo assinado por Andrey Freitas, presidente-executivo da ABIFINA, e Tatiana Miramontes Ribeiro, diretora de Biodiversidade e Sustentabilidade da entidade, que analisa os desafios e oportunidades para o Brasil no campo da Cannabis medicinal

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O texto aponta que, apesar do potencial agrícola e industrial do país, o Brasil ainda depende fortemente da importação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) derivados da Cannabis para atender à crescente demanda por medicamentos à base de canabinoides. Essa dependência aumenta os custos de produção, compromete a previsibilidade do fornecimento, enfraquece a autonomia tecnológica e pressiona os orçamentos públicos, sobretudo devido à judicialização do acesso a tratamentos de saúde.

Segundo os autores, a verticalização da cadeia produtiva da Cannabis medicinal — abrangendo cultivo regulamentado, extração, purificação, padronização e produção de IFAs em território nacional — representa uma estratégia concreta para reduzir custos, ampliar a previsibilidade da oferta e fortalecer a segurança sanitária. Além de promover independência tecnológica, esse movimento pode gerar empregos qualificados, atrair investimentos, estimular a inovação em biotecnologia vegetal e posicionar o Brasil como polo regional de referência.

O artigo também ressalta que a experiência internacional demonstra a relevância desse caminho. Países como Colômbia, Uruguai, Israel e Canadá já estruturaram cadeias verticalizadas, combinando marcos regulatórios claros, investimentos em P&D e estímulos governamentais. O Brasil, com clima favorável, tradição agrícola e base industrial instalada, reúne condições para avançar, mas precisa superar obstáculos como a insegurança jurídica, a lentidão nos processos de autorização e a falta de um marco regulatório específico e estável.

Para a ABIFINA, a criação de uma política nacional coordenada, desvinculada de preconceitos e baseada em critérios técnicos, sanitários e ambientais robustos, é essencial para transformar a Cannabis medicinal em uma agenda estratégica de Estado. Estruturar uma cadeia nacional de IFAs vegetais significa não apenas reduzir a dependência externa, mas também garantir acesso seguro e econômico à população e inserir o Brasil de forma competitiva em um mercado global em franca expansão.

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