Nesta quarta-feira, dia 19 de dezembro, o Instituto Vital Brazil inicia a distribuição de 220 mil comprimidos de 400mg de mesilato de imatinibe. A medicação foi encomendada pelo Ministério da Saúde para distribuição ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de janeiro de 2013. O medicamento é utilizado no tratamento da leucemia mieloide crônica e no tumor do estroma gastrointestinal.
 
A produção do mesilato de imatinibe para toda a demanda do SUS será realizada por dois laboratórios oficiais brasileiros: o Instituto Vital Brazil e Farmanguinhos, da Fiocruz. “Essa produção compartilhada por dois laboratórios oficiais é uma forma de garantir que o resultado seja o melhor possível. As parcerias resultam, ainda, em benefício de redução de gastos ao SUS pela diminuição dos preços praticados, além de economia de divisas”, afirma Antônio Werneck, presidente do Instituto Vital Brazil. Além dos laboratórios oficiais, a produção do medicamento é feita em parceria com os nacionais EMS, Cristália, Laborvida e Globe Química.
 
As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) são resultados da estratégia do Governo Federal de integrar os setores públicos e privados para estimular a fabricação de medicamentos de alta complexidade no Brasil de forma verticalizada (ou seja, produção nacional desde a matéria-prima).
 
Em 2013, a previsão é que sejam entregues cerca de cinco milhões de comprimidos. Inicialmente, o medicamento será produzido nas apresentações de 400 e 100mg. Há ainda um estudo baseado em uma demanda do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para, futuramente, produzir comprimidos de 200mg, formulação que ainda não existe no mercado e que está em fase de desenvolvimento.
 
Sobre as doenças – De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, a leucemia mieloide crônica é uma doença adquirida (não hereditária) que envolve o DNA na medula óssea, portanto não está presente no momento do nascimento. Os cientistas ainda não compreendem o que produz essa alteração no DNA de pacientes com esse tipo de leucemia. Essa alteração no DNA proporciona uma vantagem às células malignas em termos de crescimento e sobrevivência, isto é, devido à mudança no DNA, as células doentes passam a ter maior sobrevida que os glóbulos brancos normais, o que leva a um acúmulo das células malignas no sangue. A frequência da doença aumenta com a idade. Nos 10 primeiros anos de vida, a doença aparece em um caso a cada 1 milhão de crianças. Em pessoas de até 50 anos, há um caso em cada 100 mil indivíduos. Já na população acima dos 80 anos, a frequência é de um caso em cada 10 mil idosos.
 
Segundo a Associação de Apoio aos portadores de tumor do estroma gastrointestinal, conhecido como GIST (da sigla em inglês), é um tumor raro do trato gastrointestinal (estômago e intestinos), responsável por apenas 4% do total de tumores nesses órgãos. É considerado um tumor maligno, mais comum no estômago e intestino delgado, mas que pode aparecer ao longo de todo o trato alimentar, do esôfago ao reto. Apesar de considerado maligno, tem um comportamento em geral menos agressivo do que os tumores mais comuns de estômago. Apresenta crescimento lento e o índice de cura com os tratamentos atualmente disponíveis é bastante elevado, chega a 80%, se descoberto e tratado em tempo.
 
O Instituto – O Instituto Vital Brazil (
www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma empresa de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros e um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos para o Ministério da Saúde. Fica na Rua Maestro José Botelho, 64, Vital Brazil, em Niterói.
 
 
Fonte: Assessoria de Comunicação Instituto Vital Brazil

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