Indústria estima que, sob o comando do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, será possível firmar o acordo de facilitação de comércio até a reunião de Bali, na Indonésia, em dezembro
  
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acredita que a posse do embaixador Roberto Azevêdo na diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), no domingo (1º), trará um novo estímulo e uma nova oportunidade para o desenvolvimento do comércio mundial, com benefícios diretos para a indústria brasileira. Não pelo fato de Azevêdo ser brasileiro, mas pelo esforço que o embaixador promete fazer para encontrar novos caminhos e avançar em acordos de modernização dos procedimentos aduaneiros e remover entraves burocráticos.



Foto: Gustavo Ferreira / MRE


“A facilitação do comércio é parte da agenda para o aumento de competitividade da indústria brasileira”, diz o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi. Segundo ele, um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o acordo seja capaz de reduzir em 10% os custos de transações para países desenvolvidos e entre 13% e 15% para países em desenvolvimento, além de acrescentar US$ 40 bilhões à renda mundial. Os custos de transações vão além do custo de produção, pois incluem também perdas com burocracia, pagamentos de taxas, dificuldade de acesso à informação e insegurança.


O acordo de facilitação de comércio pode acelerar os fluxos de bens ao longo das cadeias globais de valor, eliminar taxas incidentes no comércio exterior, agilizar o desembaraço de mercadorias, simplificar os regulamentos e liberação de mercadorias.


Azevêdo assume num momento chave para a instituição e a CNI acredita que o embaixador reúne conhecimento e domínio da agenda em curso para que avancem as negociações multilaterais. A CNI entende que o Brasil, assim como os países membros, devem se empenhar para preservar e fortalecer a importância da OMC em suas funções de supervisão, abertura de mercados, solução de disputas e garantia de previsibilidade e transparência nas regras de comércio.


A CNI reitera a importância da OMC para a estratégia comercial do Brasil e entende que os trabalhos da organização devem ser intensificados nos próximos anos para discutir temas fundamentais para o setor privado brasileiro, sobretudo em serviços e subsídios às exportações agrícolas e industriais.


Fonte: CNI

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