A presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciou na manhã do dia 03/03, em Brasília, medidas de estímulo à indústria brasileira que somam R$ 60,4 bilhões. Desse total, R$ 3,1 bilhões são referentes à desoneração da folha de pagamento de quinze setores da indústria intensivos em mão-de-obra – quatro setores, confecções, couro e calçados, call center e tecnologia da informação já tinham sido desonerados em 2011. Além da redução de impostos, também foram anunciados mais crédito a juros mais baixos e com prazos de carência e pagamento mais longos, novos setores beneficiados pelas margem de preferência das compras governamentais  e as novas regras para setor automotivo.


Durante a solenidade, no Palácio do Planalto, a Presidenta disse que o governo também vai agir “com firmeza” para defender nossas empresas, nossos empregos e a renda de nossos trabalhadores. “Nós sabemos que uma forma de competição predatória é a que usa medidas de desvalorização das moedas. Nós estamos atentos a essas práticas e vamos agir sempre dentro dos limites das normas internacionais”, disse. Além da Presidenta, em nome do governo falaram os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e da Fazenda, Guido Mantega.


Em seu discurso, Pimentel destacou a ação conjunta do governo, empresários e trabalhadores na elaboração das medidas. “Talvez, na história do país, nunca tenha havido uma ferramenta tão poderosa de construção de uma política industrial como esta que nós temos aqui na plateia hoje”, disse, ao anunciar a instalação dos 19 conselhos de competitividade. Embora tenham sido instalados oficialmente ontem, muitos já funcionavam informalmente e subsidiaram a elaboração das medidas recém-anunciadas.


“Algum crítico desavisado vai dizer que é perda de tempo reunir conselhos, discutir tanto tempo para chegar a resultados. Foi-se o tempo em que a tecnocracia tinha poder de vida e morte sobre as indústrias, a economia e os empregos dos brasileiros. Nós vivemos a plenitude democrática. E buscar o consenso se faz ouvindo com paciência, atenção e respeito o setor produtivo, os trabalhadores, os empresários, os nossos funcionários nos ministérios e, juntos, chegando às melhores escolhas e às melhores estratégias”, afirmou.


Fonte: MDIC

Anterior

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) terá nova norma ABNT

Próxima

A Anvisa e sua relação com o Parlamento

A Anvisa e sua relação com o Parlamento