Um balanço das ações do GT-Farma foi apresentado nesta terça-feira (18) ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes. O grupo, criado em junho de 2020, encerrou seu prazo inicial de atuação.
“A necessidade de produção de insumos é uma das lições aprendidas a pandemia. Não podemos ficar à mercê do que acontece no exterior. Considero que este tipo de atividade do GT Farma é uma das prioritárias para a proteção dos brasileiros”, ressaltou Marcos Pontes.
O GT Farma é uma iniciativa do MCTI para o desenvolvimento de insumos farmacêuticos e medicamentos no Brasil para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. O grupo busca fomentar ações para que o setor farmacêutico e de medicamentos cresça com a intenção de consolidar a soberania nacional nesse segmento.
Nestes primeiros meses de atuação o grupo ampliou o diálogo com as associações de insumos farmacêuticos e de medicamentos, escutou especialistas no setor e levantou um conjunto de 28 ações que compõem o Plano de Ação do GT-Farma.
De acordo com o coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Estratégicas do MCTI, Felipe Bellucci, as ações do plano compreendem um conjunto de diretrizes. “Temos a necessidade de fortalecer os recursos humanos, fortalecer a inovação radical e a relação do setor produtivo com as nossas ICTs. Todo o conhecimento gerado pelo ministério nas últimas décadas precisa ser melhor articulado com o setor produtivo para resolver os gargalos, principalmente os gargalos da pandemia”, destacou.
Para o presidente da Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, a criação do GT-Farma é um marco muito importante. “Apesar de toda a importância, a indústria farmacêutica ainda tem baixa visibilidade no Brasil, mesmo com as circunstâncias da pandemia. Esse trabalho do MCTI contribui decisivamente para esse aumento de visibilidade”, ressaltou Arcuri.
A portaria 2.792/20 – que criou o GT-Farma – define que o grupo terá duração inicial de 180 dias. No último dia 17 de maio encerrou-se o prazo inicial de atuação do GT-Farma. A expectativa de todos os representantes presentes na reunião é que os trabalhos sejam prorrogados pelo MCTI.
O GT-Farma é formado pelos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovações; Saúde e Defesa. Conta também com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública do MCTI; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI, e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social do MCTI.
Pelo setor produtivo participam o Grupo FarmaBrasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA), a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC) e a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (ABIQUIFI).