Brasília (19/03/2011) – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, abriu neste sábado, 19 de março, a Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos pregando a necessidade de se adotar mecanismos de coordenação eficazes entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil para maior integração econômica entre os dois países.


Segundo Andrade, os mecanismos devem garantir gestão, governança, acompanhamento e identificação de problemas e de oportunidades nas relações bilaterais. “Para cada um dos temas devemos ter método e roteiro, objetivos e metas bem definidas”, declarou para um auditório lotado de empresários no Centro de Convenções Brasil 21.


De acordo com o presidente da CNI, a assinatura do Tratado de Cooperação Econômica e Comercial entre Brasil e Estados Unidos, o TECA, pode ser um instrumento importante para uma gestão mais adequada da crescente diversificada agenda entre os nossos países.


Robson Braga de Andrade destacou que a presença de empresas brasileiras como investidoras nos Estados Unidos “é um fato novo e importante” na agenda bilateral. “Essa presença brasileira modifica a agenda bilateral, introduz novos temas, altera e estabelece novas prioridades”, acrescentou.Urgência – Classificou como uma das “questões estratégicas e urgentes” nas relações bilaterais o fim das barreiras americanas à importação do etanol brasileiro, que é sobretaxada. “No campo da energia renovável, Brasil e EUA são responsáveis por cerca de 80% da produção mundial de etanol. A liderança nesse campo depende do diálogo e de ações entre os dois países em normas técnicas e na eliminação de barreiras ao comércio”, pontuou.


Outros itens bilaterais estratégicos e urgentes listados pelo presidente da CNI são a oportunidade de investimentos americanos na exploração do petróleo do pré-sal e os subsídios agrícolas americanos, que, na sua visão, retardam o papel do Brasil como grande supridor da oferta mundial de alimentos e minérios.


Robson Braga de Andrade mencionou ainda que falta explorar adequadamente a área de defesa como campo de inovação e integração de cadeias produtivas entre os dois países e defendeu ações articuladas do Brasil e EUA em questões ambientais e no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).


“Não tenho dúvidas em afirmar que o Brasil e os Estados Unidos podem se integrar mais e melhor – é do interesse estratégico de nossas indústrias”, declarou o presidente da CNI.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encerrará a Cúpula Empresarial, organizada pela CNI, o Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos (Cebeu) e a Câmara Americana de Comércio (Ancham).


Fotos da Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos, estão disponíveis no site, http://www.bancodemidia.cni.org.br
 
Fonte: Sistema Indústria (CNI SESI SENAI IEL)

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