Em um artigo publicado na edição de agosto de 2010, a revista inglesa The Economist apontou que a grande disputa do século XXI seria entre duas novas potências: China e Índia. O Brasil, também apontado por muitos especialistas como uma economia emergente, ficou de fora da análise. A participação do País como um player nessa competição global foi o tema do XXIII Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), entre os dias 16 e 19 de maio, no Rio de Janeiro. O evento, coordenado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, discutiu as oportunidades e os gargalos para o desenvolvimento econômico e social do Brasil e a maior inserção do País no cenário mundial.


Entre os temas debatidos estiveram políticas macroeconômicas, o papel de instituições como o Sebrae a Finep, janelas de oportunidades para investimentos, desenvolvimento social e segurança. A ABIFINA participou do evento, representada pelo seu 1º vice-presidente, Nelson Brasil de Oliveira, que apresentou um estudo, elaborado pela instituição em parceria com o economista Mauro Arruda, com contribuições para um Plano Diretor de Competitividade e Industrialização para o Brasil crescer Econômica e Socialmente.





O estudo, apresentado no painel “Políticas Macroeconômicas e Competitividade Brasileira para termos um País Desenvolvido”, mostrou aos participantes os passos necessários para impulsionar a economia, como a desvalorização cambial, a redução da carga tributária e a redução da taxa básica de juros. Enquanto hoje o Brasil cobra 12% ao ano, a Índia tem uma taxa de juros de 6,5% e a China de 6%.


Os custos com energia elétrica, mão de obra e o alto spread bancário foram apontados ainda como os principais custos que sobrecarregam a competitividade da indústria nacional. De acordo com o levantamento, a diferença entre as taxas aplicadas pelos bancos e a taxa básica de juros não diminui, mesmo com a retração da taxa Selic. Ao contrário, durante a crise financeira de 2008-2009, o spread teve um crescimento e assim se manteve.




De acordo com dados apresentados, as importações totais do setor de química fina atingiram o patamar recorde de US$ 12 bilhões em 2010. Entre os produtos adquiridos no exterior, os de maior destaque foram medicamentos (US$ 3 bilhões), farmoquímico (US$ 2,25 bilhões) e defensivos agrícolas (US$ 1,5 bilhão). Nelson Brasil sustenta que iniciativas como parcerias público-privadas, o uso do poder de compra do estado e a subvenção a projetos de inovação tecnológica são algumas das formas de se combater o déficit na balança comercial. Veja aqui a apresentação de Nelson Brasil no XXIII Fórum Nacional.

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