
Depois de desenvolver os insumos farmacêuticos ativos (IFAs) canabidiol e cabergolina, a paranaense Prati-Donaduzzi pretende acelerar cada vez mais o crescimento das operações verticalizadas, triplicando o portfólio até 2026. A empresa integra, há sete anos, o seleto grupo das cinco indústrias que fabricam tanto IFAs quanto medicamentos no Brasil, apesar da forte concorrência com os produtos importados. Também é uma das dez fabricantes brasileiras de IFAs com certificado de Boas Práticas de Fabricação emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Há dez anos, criamos a Specialità Fine Chemicals como forma de verticalizar a produção farmacêutica e desenvolver IFAs que têm alto valor agregado e são estratégicos para os medicamentos que produzimos aqui, principalmente os relacionados ao sistema nervoso central”, explica o CEO da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni.
O primeiro desafio para a implantação de uma indústria de IFAs é a capacitação e qualificação da equipe. Hoje, a Specialità conta com 26 profissionais, a maioria mestres e doutores em suas áreas, vindos de várias regiões do Brasil. O desenvolvimento de um IFA envolve um longo processo de pesquisa e estudos, daí a necessidade de uma equipe altamente qualificada.
“Começamos em pequena escala, com reações químicas que produzem alguns gramas de IFA. Posteriormente, o processo é escalonado para reatores maiores, etapa em que a fabricação e a qualidade do IFA são confirmadas antes de alcançarmos a produção industrial, na ordem de quilogramas. Somos uma indústria de transformação: partimos de substâncias químicas simples para construir moléculas complexas, com massa molecular média e alto valor agregado”, conta o gerente da Specialità, Edilson Wendler.