
Entre fevereiro e abril, a ABIFINA intensificou sua agenda de combate aos produtos ilegais, articulando-se com instituições parceiras. No Dia do Consumidor (15/3), a entidade uniu-se ao Conselho Federal de Química (CFQ) e ao Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) em uma campanha nas redes sociais, com dicas sobre como identificar fraudes e se proteger de riscos à saúde.
A mobilização institucional incluiu a participação do presidente-executivo da ABIFINA, Andrey Vilas Boas de Freitas, em reunião na sede do CFQ, em Brasília. Ele destacou a gravidade dos impactos do mercado ilegal no setor de química fina, especialmente nos defensivos agrícolas, e defendeu uma atuação coordenada para coibir práticas criminosas que afetam também medicamentos, produtos veterinários e naturais.
No CNCP, a ABIFINA marcou presença na 1ª reunião ordinária de 2025, reiterando seu compromisso com o enfrentamento à pirataria. Os participantes discutiram a Resolução 01/2025, que cria o Programa Nacional de Combate à Falsificação de Medicamentos, Bebidas e Bens Alimentícios. O assunto foi retomado dias depois, em um encontro virtual no qual Freitas propôs que a norma passe a incluir o setor de defensivos agrícolas e uma lista detalhada dos segmentos econômicos cobertos.
Já na Confederação Nacional da Indústria (CNI), a especialista da ABIFINA Ana Claudia Oliveira representou a entidade na Rede de Biodiversidade, propondo ações contra produtos ilegais vendidos no e-commerce, porém sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem cadastro no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SISGen).
Segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o mercado ilegal movimentou
R$ 468 bilhões em 2024, com prejuízo de R$ 20,5 bilhões apenas na indústria de defensivos. A ABIFINA é parceira no fornecimento de dados setoriais para esse levantamento.