REVISTA FACTO
...
Jan-Mai 2024 • ANO XVIII • ISSN 2623-1177
2024
74
2023
73 72 71
2022
70 69 68
2021
67 66 65
2020
64 63 62
2019
61 60 59
2018
58 57 56 55
2017
54 53 52 51
2016
50 49 48 47
2015
46 45 44 43
2014
42 41 40 39
2013
38 37 36 35
2012
34 33 32
2011
31 30 29 28
2010
27 26 25 24 23
2009
22 21 20 19 18 17
2008
16 15 14 13 12 11
2007
10 9 8 7 6 5
2006
4 3 2 1 217 216 215 214
2005
213 212 211
//Abifina em Ação

Senado debate proteção de dados e impactos no acesso a medicamentos

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado Federal realizou uma audiência pública semipresencial no dia 15 de maio para discutir a proteção regulatória do dossiê de testes para produtos farmacêuticos de uso humano, conhecida como data protection. A sessão foi presidida pelo senador Izalci Lucas e reuniu diversos especialistas e representantes de organizações do setor.

Como representante da ABIFINA na audiência, Ana Claudia Oliveira, especialista em propriedade intelectual e inovação, destacou as implicações do data protection. “A proteção de dados de testes, como proposta atualmente, pode atrasar significativamente o acesso aos medicamentos no Brasil. Isso é particularmente crítico em um país onde a saúde pública já enfrenta tantos desafios”, afirmou. Da mesma forma, o senador Astronauta Marcos Pontes se manifestou contrariamente à implementação do data protection, destacando não ver vantagem na medida.

O conceito de data protection para medicamentos envolve a proteção de dados clínicos submetidos às autoridades regulatórias para a aprovação de novos medicamentos. Em alguns países, esses dados são considerados propriedade intelectual das empresas que conduzem os estudos, impedindo que competidores usem essas informações para aprovar genéricos e biossimilares durante um período definido.

Para a ABIFINA, trata-se de uma proteção excessiva a moléculas já conhecidas, sem trazer inovações reais ao mercado e atrasando o acesso da população a medicamentos importantes. Seria uma tentativa de certas empresas de ampliar o tempo de proteção das patentes, especialmente após o Supremo Tribunal Federal (STF), em 2021, considerar inconstitucional que as patentes durem mais que os 20 anos previstos em lei.

Ana Claudia mencionou a decisão do STF como exemplo de que a legislação pode equilibrar a proteção de propriedade intelectual com o acesso a tratamentos médicos. O posicionamento da ABIFINA com as demais entidades para a audiência foi debatido em reunião preparatória no dia 10 de maio.

Rumo a um futuro sustentável para a indústria de química fina
Anterior

Rumo a um futuro sustentável para a indústria de química fina

Próxima

Medidas jurídicas para extensão do prazo das patentes após a ADI 5529

Medidas jurídicas para extensão do prazo das patentes após a ADI 5529