Empresa prevê ampliação significativa do portfólio e escalada do market share na cultura de soja é estratégia para dobrar faturamento
Antes mesmo de completar dez anos de atuação no mercado nacional, a Ourofino Agrociência renovou os compromissos com produtores ao instituir, em 2017, o propósito de reimaginar a agricultura brasileira a partir de soluções inovadoras e adequadas às necessidades de clima e solo locais. Quase seis anos mais tarde, com pouco mais de uma década de atuação, a empresa se abre para novos desafios em ciclos de médio e longo prazos (cinco e dez anos, respectivamente). As metas iniciais já estão definidas e envolvem a gestão financeira, de distribuição, de pessoas e de novos produtos.
À frente dessa nova etapa empresarial está Marcelo Abdo, atual CEO da companhia. Com essa estratégia, a Ourofino espera alcançar crescimento robusto e compatível com o desempenho sustentável que registrou ao longo da sua trajetória. Nos próximos cinco anos, prevê uma receita de R$ 3 bilhões. Até 2031, o resultado deve alcançar R$ 5 bilhões.
Apesar do novo momento gerencial, a premissa segue amparada na inovação e na entrega de soluções diferenciadas, apropriadas para as necessidades locais relacionadas ao clima e solo brasileiros. “Somos uma empresa de origem brasileira e sabemos dos desafios que o agricultor precisa superar para manter o seu negócio. Por esse motivo, buscamos sempre oferecer tecnologias diferenciadas a fim de colaborar com esse processo”, explica Marcelo Abdo.
Para atingir os objetivos de curto, médio e longo prazo, a Ourofino Agrociência investe no desenvolvimento do portfólio, o que costuma envolver longas pesquisas em parceria com institutos e profissionais renomados, internos e externos.
Mais do que lançar novos produtos, a indústria de defensivos procura oferecer soluções que atuem de maneira sustentável, que confira maior segurança ambiental e, ainda, ofereçam ao produtor a possibilidade de ampliar os ganhos por meio do manejo adequado e do controle de pragas, doenças e plantas daninhas presentes em vários tipos de lavouras.
Dona de um portfólio bastante variado e voltado para diferentes alvos, a companhia se destaca na participação de mercado nas culturas de cana-de-açúcar, maior market share da companhia, soja, milho e algodão, além do café e da citricultura. Uma das metas para o próximo período é ampliar a participação na sojicultura.
Para tanto, a Ourofino oferece aos agricultores o Pontual®, produto voltado para o manejo da ferrugem asiática, fungo comum na sojicultura e potencialmente muito danoso. Esse é um novo mercado para a empresa, que permitirá ampliar significativamente sua presença no segmento que lidera o mercado agrícola brasileiro na atualidade.
Além do fungicida Pontual®, a companhia de origem brasileira segue trazendo outras novidades. Em 2021, lançou também o Goemon®, seu primeiro produto patenteado e oferecido por meio da sinergia com a ISK Biosciences, parceira da Ourofino Agrociência desde 2019. A solução é indicada para o manejo de lagartas de difícil controle nas culturas de café, milho, soja e tomate.
Em novembro, foram lançados os inseticidas destinados ao manejo de pragas sugadoras Vivantha®, com aplicação foliar e foco nas culturas do algodão, café, milho e soja, e ÍmparBR®, usado no tratamento de sementes em arroz, milho e trigo.
A renovação de portfólio e de atuação da empresa foi impulsionada há cerca de dois anos, quando firmou parcerias estratégicas com as companhias japonesas Mitsui e ISK. A primeira amplia as possibilidades referentes à logística e compra de insumos. Já a segunda agrega ao perfil inovador e tecnológico voltado para os produtos.
A expectativa da Ourofino é ter um crescimento exponencial no seu portfólio, partindo de 68 produtos, somando principais e clones na primeira década, e chegando ao total de 285 itens até 2031. Essa previsão permite traçar planos para ampliar substancialmente o faturamento da empresa em apenas cinco anos.
Para tanto, há o investimento em pesquisa. Mas não só. A companhia também se debruçou em um plano estratégico de distribuição para melhorar a performance no campo logístico e definiu novos programas de relacionamento com o cliente.
Outra forma de ampliar o crescimento é investir na qualificação dos profissionais que fazem parte do time da empresa. A Ourofino Agrociência procura promover a formação continuada da equipe, independentemente das posições ocupadas. Além disso, trabalha para fomentar o desenvolvimento de novas competências.
“Buscamos a excelência operacional e estamos investindo fortemente para aumentar a qualificação dos cerca de 450 colaboradores da companhia. Do operador ao líder, todos terão ainda mais chance de crescer e desenvolver novas competências”, comenta o presidente da companhia.
Com um complexo fabril tecnológico considerado um dos mais modernos do mundo, a empresa já consegue fabricar 120 milhões de quilo/litros por ano. A capacidade, porém, pode ser ampliada sem necessidade de grandes reformas, uma vez que a fábrica foi desenvolvida para crescer continuamente. Para isso, basta adicionar componentes industriais e reatores à estrutura existente. A depender da empresa, essa mudança acontecerá o mais breve possível, sem deixar de contemplar as esferas ambiental, social e de governança (ESG).
Como exemplo, no exercício societário encerrado em março de 2021, os efluentes industriais gerados no complexo de Uberaba (MG) caíram 45,7% graças a melhorias de engenharia de produção. Entre elas, o aumento no reuso de água na limpeza e a padronização do processo de setup das linhas fabris. “Dados como esse demonstram que a gestão da Ourofino Agrociência se fortalece cada vez mais e que ela é sistêmica e forte em todos os ângulos”, pontua Abdo.