Questões técnicas e regulatórias no campo do desenvolvimento sustentável da indústria de química fina têm estado no centro da atuação da ABIFINA.
Uma nova ação este ano reforçou o trabalho realizado: a entidade passou a integrar o Fórum da Geração Ecológica, um colegiado criado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal para dar apoio à elaboração de um Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável. A ABIFINA é representada por seu presidente-executivo, Antonio Carlos Bezerra, que participa do grupo de trabalho (GT) Economia Circular e Indústria do Fórum.
Para evidenciar as atividades institucionais e também a crescente adesão dos associados às boas práticas – mais da metade deles reportam ações nesse sentido – a ABIFINA divulgou em novembro o primeiro relatório de sustentabilidade na química fina. O conteúdo também foi abordado em uma série informativa nas redes sociais da entidade. Cada empresa tem diversas iniciativas. Confira alguns destaques nesta reportagem.
Investindo na inovação de produto, a Fábrica Carioca de Catalisadores S.A. desenvolveu um catalisador pioneiro na reciclagem química de resíduos sólidos urbanos, capaz de converter chips de pneus inservíveis em combustíveis como gasolina e querosene.
Em outra estratégia, a Ourofino Agronegócio produz embalagens com 85% de plástico reciclado. A iniciativa resultou na diminuição de 45,7% dos efluentes industriais. Por sua vez, a Ourofino Saúde Animal, alinhada às melhores práticas do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores, fez seu Primeiro Plano de Mitigação de Gases do Efeito Estufa, além de manter projetos de economia de água e energia.
Em seu Plano Estratégico de Sustentabilidade 2030, a Oxiteno tem o compromisso de desenvolver produtos mais sustentáveis e apoiar seus clientes a diminuírem sua pegada de carbono. A Companhia Brasileira de Lítio (CBL) possui alto índice de recirculação de águas do processo produtivo e faz extenso uso de águas pluviais.
No segmento farmoquímico, a Nortec conta com uma estação de tratamento de efluentes própria, reduzindo o impacto ambiental. Já a Globe atua baseada nos conceitos de ESG (ambiental, social e governança), sendo que o primeiro passo foi a realização de um inventário global das atividades.
A área de medicamentos apresenta significativo número de ações voltadas para a sustentabilidade. O laboratório Aché investiu em equipamentos que reduziram o consumo de energia, além de instalar sistemas fotovoltaicos em suas unidades. No caso do Cristália, os novos projetos são desenvolvidos de forma a possibilitar o reuso de água. Já a EMS recebeu o Certificado de Carbono Neutro, referente à sua produção de embalagens.
A Eurofarma se destaca com a inclusão de informações de descarte no verso das embalagens e a oferta de pontos de coleta. Na Farmanguinhos, da Fiocruz, 100% dos efluentes sanitários e industriais são tratados. O grupo Prati-Donaduzzi investe no uso de energia de fontes limpas e renováveis e evitou, em 2019, a emissão de quase 3,6 mil de toneladas de CO2 no meio ambiente.
No segmento de produtos da biodiversidade, o destaque é a Centroflora, com ações com foco no desenvolvimento sustentável, preservação ambiental e redução de emissões de gases do efeito estufa, entre outros. No setor de vacinas, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, aderiu em 2020 ao Programa Green IT, que promove a permuta de sobras de cabos de comunicação e de energia por cabos novos.