A Globe Química investiu cerca de R$ 14 milhões na expansão da sua unidade de Cosmópolis (SP) com o firme propósito de ampliar sua capacidade produtiva e a participação no mercado privado brasileiro. Esse investimento é uma resposta à sucessão de crises de abastecimento observada em 2018 e, mais recentemente, com a covid-19, que tornou escassa a oferta de produtos pela falta da sua produção ou pela elevação do consumo de determinados itens. Para a empresa, ficou evidente que, sem o fortalecimento do sistema produtivo nacional, em especial a produção de insumos, a falta de medicamentos é uma realidade inevitável.
Atualmente, a empresa fabrica sedativos (usados na assistência aos pacientes da covid-19), medicamentos para cardiopatias e aids, produtos oncológicos, entre outros. Diante do novo cenário internacional, a Globe planeja construir uma unidade para a produção de antibióticos semissintéticos e ampliar sua linha de insumos para psiquiatria, bem como verticalizar a fabricação de itens estratégicos, mesmo que demandem pesquisa e desenvolvimento no longo prazo.
A pandemia tornou evidente a necessidade de investir cerca de R$ 25 milhões nos próximos quatro anos em pesquisa e infraestrutura, para ser, até 2025, uma referência como parceiro estratégico na nacionalização de insumos farmacêuticos ativos (IFAs), na construção de DMF (em inglês, Arquivo Mestre da Droga) e no número de Cartas de Adequação do Dossiê de IFAs (Cadifas) emitidas ou em análise.
“Em linhas gerais, a Globe continua acreditando que a produção de insumos no Brasil representa a verticalização do sistema de saúde e é a melhor forma de assegurar o desenvolvimento e a oferta de medicamentos no País”, declara o diretor executivo da companhia.
Antonio Carlos Teixeira