A ABIFINA está numa firme campanha para sensibilizar o governo sobre a necessidade de se fortalecer o parque produtivo nacional de insumos farmacêuticos ativos (IFAs). Um dos temas mais sensíveis no momento é o pleito feito à Anvisa em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) para que a qualificação de IFAs seja independente do registro de medicamentos. Porém, a Anvisa se recusa a mudar a exigência, sob alegações de caráter operacional (veja os detalhes no Editorial desta edição). As entidades continuam tentando avançar no diálogo com a agência reguladora.
Já no Grupo de Trabalho (GT) Farma, criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), as conversas são promissoras. Na sétima reunião do grupo, em dezembro, a ABIFINA apresentou o panorama da vulnerabilidade da cadeia farmoquímica, as questões regulatórias que hoje representam grande impeditivo para as indústrias e a necessidade do envolvimento de atores importantes nas próximas discussões do GT.
As reuniões anteriores debateram o aperfeiçoamento regulatório da Anvisa para fomentar o segmento de IFAs, a busca da aprovação do projeto de lei que dispõe sobre pesquisa clínica em seres humanos e o financiamento à inovação, em especial por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Reforçando sua linha de atuação, a ABIFINA assinou um acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com objetivo de desenvolver um projeto para fortalecer o setor farmoquímico nacional.
Outra ação, no sentido de sensibilizar os atores envolvidos, foi a participação do presidente executivo da ABIFINA, Antonio Carlos Bezerra, na mesa-redonda sobre as consequências da dependência brasileira de matérias-primas importadas, no evento “Tendências Farmacêuticas”, promovido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF/SP), em novembro. Em sua apresentação, Bezerra abordou o documento “O fortalecimento da produção nacional de IFAs”, cujas propostas foram encaminhadas ao governo federal pela ABIFINA e demais entidades dos setores farmoquímico e farmacêutico.