Sustentabilidade, inovação e fomento à pesquisa foram os temas abordados pelo Comitê de Biodiversidade da ABIFINA nas últimas reuniões. No dia 10 de dezembro, o Comitê recebeu Marcos da Ré, diretor de Economia Verde da Fundação Certi, organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos sem fins lucrativos. Ele apresentou um estudo que identificou as vocações, tendências e potenciais do território Amazônico para a inovação.
Cristina Ropke, diretora de Biodiversidade da ABIFINA e diretora de Inovação do Grupo Centroflora, fez um panorama da agenda ESG (do inglês Environmental, Social and Corporate Governance). A sigla significa o compromisso com melhores práticas ambientais, sociais e de governança. As empresas que assumem essa conduta têm conseguido melhores resultados financeiros. Na Bolsa de Valores brasileira, 37% do mercado acionário se referem à Carteira ESG e a tendência é esse percentual crescer, diante da demanda dos investidores pelo segmento.
Já o fomento público às atividades inovadoras foi o tema da reunião do Comitê de Biodiversidade em outubro. Segundo Rodrigo Secioso, superintendente da Área de Inovação da Finep, uma das prioridades do governo na área farmacêutica é o uso da natureza brasileira para o desenvolvimento e fabricação de insumos farmacêuticos ativos de origem vegetal (IFAV). Tanto que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações encomendou à Finep um estudo sobre o assunto.
O convidado acrescentou que as pesquisas na área poderiam ser estimuladas com os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que acabam sendo direcionados para outras finalidades. Enquanto isso, 95% dos pedidos de patentes originadas da biodiversidade nacional são de pesquisadores estrangeiros, afirmou o superintendente da Finep.
Ainda na reunião, a consultora da ABIFINA Ana Claudia Oliveira apresentou o Monitoramento de Patentes de Medicamentos da Biodiversidade (MPP Bio), que foi bastante elogiado pelos participantes (veja na pág. 38).