A ABIFINA dá as boas-vindas à sua mais nova associada: a farmacêutica Prati-Donaduzzi. A empresa brasileira, localizada em Toledo, na região Oeste do Paraná, produz medicamentos genéricos, de marca, nutracêuticos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs). A companhia se destacou este ano como a primeira no Brasil a desenvolver e receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fabricar e comercializar um produto à base de canabidiol nacional.
Trata-se de um fitofármaco feito a partir do princípio ativo puro retirado da planta Cannabis sativa e atualmente utilizado para mais de 400 tratamentos de problemas psicomotores, como a epilepsia. “Há mais de seis anos investimos pesado em pesquisa científica para garantir evidências de uso, segurança e eficácia, seguindo rigorosamente o que rege a nossa legislação”, explica o diretor-presidente da empresa, Eder Fernando Maffissoni.
O projeto recebeu investimento de R$ 30 milhões como parte de uma pesquisa que está em estágio final do estudo clínico fase III, por meio de parceria com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.
Com a demanda de centenas de pacientes em todo o mundo cujas doenças só são controladas com medicamentos à base de canabidiol, a expectativa é de que o produto ganhe novos mercados. A Prati-Donaduzzi traçou um plano de investimento de R$ 650 milhões até 2023 para expandir a capacidade produtiva da planta e mira contratos com laboratórios farmacêuticos na América Latina e na Europa.
Ao mesmo tempo, a empresa brasileira está desenvolvendo o IFA canabidiol sintético que, após regulamentação específica da Anvisa, poderá ser usado como matéria-prima. “Conseguimos produzir a nossa versão do canabidiol sintético por meio de reações químicas em que não é necessário o uso da Cannabis”, afirma o executivo.
Para garantir as inovações, a Prati-Donaduzzi conta com laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento, além de parcerias com universidades e institutos de pesquisa no Brasil e exterior. O foco são novos produtos e formulações, além de melhorias de solubilidade e biodisponibilidade, aumento da segurança, entre outros.