O Laboratório Cristália inaugurou em agosto sua planta farmoquímica oncológica, em Itapira (SP). A unidade já produz nove diferentes Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) de alta potência, que serão usados para a produção de medicamentos contra adenomas, câncer de mama, pulmão, medula, ossos e cérebro.
A capacidade de produção é de seis a oito toneladas por ano, o que vai contribuir para o Brasil reduzir o déficit na balança comercial. “O Brasil hoje importa 100% dos insumos para a produção de medicamentos contra o câncer. Isso não apenas torna o País dependente de insumos tão estratégicos, como reduz o acesso dos pacientes a tratamentos de ponta. A farmoquímica oncológica do Cristália é um grande passo para mudar essa realidade”, defende Ogari de Castro Pacheco, fundador do laboratório.
A empresa investiu cerca de R$ 150 milhões com recursos próprios na construção da planta produtiva, que tem mais de 3 mil metros quadrados. O Cristália já tinha uma planta oncológica para a produção do medicamento final, mas os insumos precisavam ser importados e, agora, serão fornecidos pela fábrica inaugurada.
Por serem muito tóxicos e sensíveis, os produtos oncológicos devem ser manipulados em ambientes que tenham barreira física entre os operadores e o processo. As demandas do projeto foram atendidas a partir de um intenso trabalho de pesquisa para a escolha das tecnologias mais modernas, seguras e sustentáveis, com uso de equipamentos da Alemanha, Suíça e Itália.
A planta também dispõe de um sistema de tratamento de resíduos inovador, com degradação específica dos componentes que podem causar mutação ou dano ao DNA celular.