A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) pode oferecer importante apoio para as empresas de química fina. Foi o que esclareceu o diretor-presidente da companhia, Jorge Almeida Guimarães, em sua apresentação para o Conselho Administrativo da ABIFINA no dia 25 de setembro. A iniciativa faz parte do esforço da associação em estreitar relações com a Embrapii e aproximar o setor dos mecanismos de financiamento à inovação.
A Embrapii trabalha com financiamento tripartite para pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do projeto é dividido entre a instituição (com recurso não reembolsável), a empresa contratante e a unidade Embrapii (centro de pesquisa selecionado em edital público). Muitas dessas unidades oferecem infraestrutura para projetos na área química.
Desde sua fundação, a Embrapii apoiou quase 800 projetos e desembolsou R$ 420,6 milhões. Porém, a química fina representa apenas 7,5% do valor aportado pela estatal e 10,6% do total de projetos apoiados.
Guimarães avalia que há espaço para crescer também no setor farmacêutico. “A indústria farmacêutica ainda não descobriu o modelo Embrapii como um modelo interessante para fazer inovação”, lamenta.