Área tem mais de mil hectares com infraestrutura completa pa ra desenvolver soluções inovadoras direto para o produtor.
Com pouco mais de meia década de história, a Ourofino Agrociência, destaque no segmento nacional de defensivos agrícolas, investe constantemente em pesquisa e alta tecnologia para culturas diversas do país. Para isso, mantém uma fazenda experimental para estudos e desenvolvimento de produtos em Guatapará (SP). O objetivo da companhia é auxiliar o produtor com estratégias em campo proporcionando eficiência no plantio e no manejo da cultura, além do aumento da produtividade.
O local possui uma área de mais de mil hectares, com completa estrutura para estudo de soluções inovadoras, desenvolvimento de projetos e parcerias, formação de profissionais, além da realização de pesquisas e outras atividades agrícolas. “Da Fazenda, só saem produtos e tecnologias personalizadas para as características brasileiras de solo, clima e umidade”, destaca Norival Bonamichi, presidente da Ourofino Agrociência.
Com o trabalho realizado no centro de pesquisas, a agricultura nacional ganha com o desenvolvimento de novos produtos, reposicionamento dos já registrados, além de mais opções de manejo. “Levar soluções aos agricultores para que eles possam usar em todos os estágios da lavoura, aumentando a produtividade com segurança ao aplicador e ao meio ambiente, são objetivos da empresa”, comenta Bonamichi.
Desde o início das operações, em 2012, a Fazenda Experimental obteve junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a permissão para conduzir ensaios de pesquisa com defensivos agrícolas conforme recomenda a Instrução Normativa Nº 36, de 24/11/09 e a Instrução Normativa Nº 42, de 06/12/2011. Com o credenciamento, a Ourofino se tornou apta a emitir laudos de praticabilidade agronômica e fitotoxicidade, além de permitir comprovações de eficiência do produto e, assim, obter agilidade nos resultados e para o registro dos defensivos.
“Com as práticas credenciadas da Fazenda, os processos podem diminuir em até doze meses o tempo entre estudos e elaboração do dossiê do produto formulado”, afirma Antônio Nucci, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Ourofino Agrociência.
No local, são conduzidas atividades e projetos que envolvem a criação, manutenção e utilização de vegetais com finalidade de ensino, pesquisa e desenvolvimento científico. Na área de defensivos agrícolas, são feitos estudos de eficácia para herbicidas, inseticidas, fungicidas e adjuvantes para a emissão de laudos oficiais exigidos para obter o registro para comercialização.
A estrutura da Fazenda Experimental foi desenvolvida para suprir todas as necessidades do trabalho de experimentação de fórmulas e conta com laboratório para avaliação, escritório, sala para manipulação e para calibração dos equipamentos de pulverização, local para armazenamento dos produtos comerciais e experimentais e seis casas de vegetação. É essa estrutura completa e própria que torna a Fazenda Experimental referência no Brasil.
“Nas estações experimentais, desenvolvemos todo o portfólio atual e futuro da empresa e promovemos o treinamento de clientes e da equipe comercial. Também possuímos estações no Paraná e em Goiás dedicadas a conduzir testes de campo, buscando simular as diferentes condições climáticas do país”, destaca Nucci.
Entre os diferenciais destes centros de pesquisas estão as equipes técnicas, com mestres e doutores. Elas se unem aos benefícios de obter maior nível de controle das atividades e qualidade das informações. Hoje a estrutura permite realizar mais de 500 estudos por ano.
“Além da equipe interna, reuniões são fomentadas com comitês técnicos compostos por pesquisadores das principais universidades brasileiras, sejam elas públicas ou privadas. As discussões abordam tendências, mercado e produtos e têm como objetivo trazer novas tecnologias e muita inovação ao campo”, completa Nucci.
As parcerias, que visam incrementar o agronegócio, agregam pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unidades Jaboticabal e Botucatu), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade Estadual de Campinas, do Instituto Agronômico de Campinas (Unidade Ribeirão Preto), das empresas SGS-Gravena, Herbae, Kasuya BA, Ceres consultoria MT, Fazu e Fundação MT, entre outras. “O que produzimos na Fazenda é uma riqueza de conhecimento que multiplica resultados”, comenta Luciano Galera, diretor de Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento.
Em 2017, a empresa superou um de seus desafios: instalar uma nova estufa automatizada na Fazenda Experimental. Além disso, a Ourofino Agrociência construiu um laboratório de entomologia que ajudará na continuidade dos programas de desenvolvimento de produtos. Nesses processos serão implementados gestão de indicadores, atualização dos procedimentos para a nova regra da ISO 9001 e treinamento dos colaboradores, composta por mão de obra local.
História
A Fazenda Experimental da Ourofino foi construída em uma área arrendada na colônia japonesa Mombuca em 2012. Porém, as histórias dessa terra são mais antigas.
Em 1962, doze famílias vindas do Japão formaram a comunidade em Guatapará, a 50 km de Ribeirão Preto. Mais de 400 japoneses junto a famílias brasileiras ainda mantém as tradições orientais e anualmente comemoram seus resultados na agricultura com a “Festa da Colheita” – evento incentivado desde 2012 pela Ourofino.
“Mombuca é uma comunidade trabalhadora, voltada para a produção de alimentos e sustentabilidade. Um exemplo de cultura e união formadora de pessoas”, ressalta Bonamichi. Os moradores produzem legumes e verduras, além de ovos, distribuídos em parceria com a Cooperativa Agrícola de Guatapará (Coag).
Em 2009, o governo do Japão suspendeu os recursos que mantinham a comunidade Mombuca. Desde então, a Fazenda João Martins – também em Guatapará, uma das áreas em que a comunidade atuava – estava inativa e demandava cuidado. Foi quando a Ourofino arrendou as terras.