Com uma área produtiva de aproximadamente 2 mil m², o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) atua na constante melhoria dos padrões do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do desenvolvimento tecnológico de soluções obtidas através de rota biológica. Para o futuro próximo, a estratégia do IBMP consiste em oferecer uma carteira de produtos para o diagnóstico de doenças pré-natais, doenças negligenciadas, câncer e sepse, bem como demandas emergentes na área de biofármacos.
Caminhando para essa estratégia, o IBMP possui desde 2011 o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF), concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entre os produtos já disponibilizados ao SUS, estão o módulo de amplificação do Kit NAT Brasileiro para detecção de HIV (Aids), HCV (hepatite C) e HBV (hepatite B), garantindo eficácia e segurança transfusional à rede de hemocentros brasileira, além de outros testes moleculares, como o diagnóstico diferencial entre zika, dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4) e chikungunya, destinado à vigilância epidemiológica.
O IBMP atua também na área de fronteira da biotecnologia, investindo sua capacidade científica e tecnológica para atender à saúde da população brasileira e nacionalizar os insumos utilizados no País, trazendo autonomia e diminuindo a dependência tecnológica de outros países.
Entre os projetos em andamento, está uma plataforma para diagnóstico da septicemia (infecção sistêmica do organismo), principal causa de morte em UTI em todo o mundo. O objetivo é a rápida identificação dos agentes etiológicos causadores da sepse para orientar de forma eficaz o tratamento, utilizar os antibióticos mais adequados e reduzir a taxa de mortalidade, o tempo de internação e os altos custos envolvidos.
A partir de demanda do Ministério da Saúde, o IBMP conta com outro projeto: um kit diagnóstico para detecção e monitoramento de doenças relevantes em gestantes durante o acompanhamento pré-natal. A plataforma é multitestes, capaz de detectar diversas doenças com apenas uma amostra de sangue, incluindo Aids, hepatites B e C, rubéola, sífilis, doença de Chagas e toxoplasmose.
A solução multitestes será disponibilizada em duas versões: um dispositivo para diagnóstico rápido no local de atendimento e uma plataforma automatizada para centros de saúde que disponham de infraestrutura para analisar simultaneamente um grande número de amostras.
Também uma demanda do Ministério da Saúde, a cola de fibrina recombinante é um selante biológico elaborado com o plasma humano. Com seu desenvolvimento, será possível reduzir hemorragias em cirurgias diversas, sem contraindicação ou risco de rejeição. Apesar de não substituir os pontos, a cola atuará como um complemento, vedando o corte e acelerando a cicatrização. A previsão é de que o produto esteja disponível no mercado nacional até 2020.
Para o fortalecimento das ações de vigilância e controle de doenças infecciosas, o IBMP, junto à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolve o projeto Rede de Vigilância Epidemiológica, que utiliza a plataforma de PCR em tempo real para oferecer soluções para detectar agentes causadores de doenças, principalmente aquelas consideradas negligenciadas, como tuberculose, hanseníase, leishmaniose, Chagas, entre outras.
O Instituto de Biologia Molecular (IBMP) está sediado no Parque Tecnológico da Saúde na cidade de Curitiba, mesmo campus do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná).