O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/ Fiocruz) iniciou, no fim de maio, as obras de adequação do Prédio 70 do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O objetivo é iniciar a fabricação dos três primeiros medicamentos provenientes das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP): tacrolimo, pramipexol e atazanavir.
Atualmente, esses produtos estão sendo apenas rotulados por Farmanguinhos, seguindo as etapas do longo processo de transferência de tecnologia. Nos três primeiros anos de vigência do acordo, os medicamentos são produzidos pelo laboratório detentor da tecnologia. Nos dois últimos anos, a produção é dividida. Finalizado o processo, 100% da produção é realizada por Farmanguinhos. Por isso a importância da obra atual.
Nesta primeira fase, será realizado o isolamento de uma área correspondente a 360 m2. A previsão é de que toda a obra de adequação da área fabril seja concluída até março do ano que vem. Entretanto, as linhas de produção serão liberadas, gradualmente, à medida que as áreas forem sendo finalizadas.
Dessa forma, está prevista para setembro a liberação da linha de fabricação do tacrolimo. Em janeiro de 2018, será a vez da linha de dicloridrato de pramipexol e, em março, a do antirretroviral sulfato de atazanavir.
A obra viabilizará, futuramente, a incorporação de outros quatro medicamentos que também serão frutos de PDP: cabergolina, sevelâmer, o antirretroviral 2 em 1 (tenofovir+lamivudina) e o tuberculostático 4 em 1 (isoniazida+rifampicina+etionamida+ etambutol).
De olho na preservação ambiental, Farmanguinhos fez a transposição de espécies vegetais para montar o canteiro de obras. As árvores serão replantadas no local ao término das obras, sendo que uma das espécies, a carambola, já foi doada à Fundação Parques e Jardins.