Complexo Farmacêutico, Farmoquímico, de Biotecnologia e de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, Cristália completa 45 anos de história
A história do Cristália começou em 1969, quando um grupo de médicos fundou a Clínica de Repouso de Itapira, mais conhecida como Clínica Cristália, no interior de São Paulo. Para suprir as necessidades dos pacientes com medicamentos, decidiu-se criar um laboratório. Em pouco tempo, o excedente começou a ser comercializado. Em 1972, foi fundado o Laboratório Cristália.
De um dos principais fornecedores de medicamentos para psiquiatria em hospitais públicos e privados, o Cristália logo se transformou no maior produtor de anestésicos da América Latina. Hoje, os anestésicos e adjuvantes da marca estão presentes em 95% dos hospitais brasileiros.
O laboratório é líder também em farmoquímica. De acordo com Pacheco, desde o início uma de suas principais preocupações era tornar o País menos dependente da importação de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs). Já em 1983 a empresa começou a sintetizar IFAs utilizados na produção de seus próprios medicamentos. Hoje, produz mais de 50% dos IFAs necessários para a fabricação dos medicamentos da marca, enquanto o Brasil ainda importa cerca de 90% dos IFAs de que necessita.
Neste caminho de inovações, o Cristália tornou-se pioneiro também em biotecnologia. Em 2013, a empresa inaugurou sua primeira Planta Industrial de Biotecnologia, localizada no Complexo Industrial de Itapira (SP), outro marco no setor. Já em março de 2014 a nova unidade obteve o CBPF (Certificado de Boas Práticas de Fabricação) para os IFAs trastuzumabe, para câncer de mama; etanercept, para artrite reumatoide; e somatropina, para o tratamento de deficiência de crescimento.
A segunda planta de biotecnologia, também instalada no Complexo de Itapira, processa micro-organismos anaeróbicos e obteve o CBPF no fim de 2014, sendo totalmente dedicada à produção do Insumo Farmacêutico Biológico da Colagenase animal-free. O lançamento da pomada Kollagenase, em 2016, após mais de uma década de investimento em desenvolvimento e pesquisa, foi mais um marco para a ciência do País.
“Com esta conquista, o Brasil deixou de ser dependente desse insumo. Além disso, pela primeira vez na história, poderemos exportar biotecnologia”, ressalta Pacheco, lembrando que o laboratório já comercializa para mais de 30 países, seguindo os padrões de referência das farmacopeias vigentes.
Um dos grandes focos do laboratório hoje é a produção de medicamentos contra o câncer, especialmente os biológicos, que permitem tecnologias avançadas. “O Brasil importa praticamente tudo em termos de oncologia. Temos que ter uma produção local”, explica Pacheco. Por isso, o Cristália investiu 130 milhões de dólares em equipamentos e na construção de uma planta destinada à produção de IFAs para medicamentos oncológicos. A unidade está dentro do Complexo Industrial de Itapira, um dos mais modernos do mundo, e entrará em operação até o fim de 2017.
“O legado científico é o que de principal o Laboratório Cristália deixa para Brasil. Com muito conhecimento introjetado e agregado ao longo destes anos todos, queremos fazer coisas que o País desconhecia”, finaliza Pacheco.