A Coalizão Empresarial Brasileira discutiu no dia 21 de fevereiro, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo, as negociações entre Mercosul e União Europeia quanto a um acordo de livre comércio. A ABIFINA acompanhou os debates.
De acordo com o embaixador Ronaldo Costa, negociador- -chefe pelo lado brasileiro presente na reunião, no que se refere à cadeia da química fina estarão excluídos da oferta do Brasil todos os aspectos que possam ferir a política de desenvolvimento produtivo do Ministério da Saúde.
No capítulo de propriedade intelectual, a posição brasileira é oferecer nada além do que já está em TRIPs e na Lei de Propriedade Industrial, relata o 2º vice-presidente da ABIFINA, Reinaldo Guimarães, que participou do encontro.
Na avaliação de Guimarães, é possível perceber um aumento nas expectativas da União Europeia para que o acordo seja concluído em 2017, uma vez que o bloco pleiteou seis reuniões de negociação para este ano.
Porém, os negociadores europeus reconhecem a dificuldade de se chegar a um desfecho, entre outras razões pelo futuro político ainda nebuloso na região diante das próximas eleições na França e na Alemanha. A próxima rodada de negociações será realizada em Buenos Aires no final de março.
Em conversas anteriores, a União Europeia chegou a ofertar 100% de seu mercado de produtos industriais. Porém, não se chegou a um acordo quanto ao mercado agropecuário, ponto mais sensível para as duas partes.