O Aché Laboratórios completou 50 anos de história em 2016 com uma trajetória de sucesso na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação de fitoterápicos. Seu maior exemplo é o anti-inflamatório tópico Acheflan, produzido a partir do óleo essencial da Cordia verbenacea DC, uma planta encontrada na Mata Atlântica. Lançado há mais de dez anos, o produto segue crescendo no mercado e é um estímulo para a empresa investir em novos medicamentos com uso da biodiversidade brasileira. Em reconhecimento aos esforços para o desenvolvimento de produtos naturais, o Aché recebeu uma homenagem da ABIFINA na festa de 30 anos da entidade, no dia 17 de junho.
No momento, o laboratório possui oito projetos de inovação radical que se baseiam em ativos de origem natural, porém não oriundos da biodiversidade brasileira. Um deles visa ao tratamento de vitiligo, o qual está em fase clínica I/II. Outro, para tratamento de diarreia, está em fase clínica II. Além deles, o laboratório possui seis projetos em fase de descoberta, em diversas patologias: alopecia, úlcera gástrica, acne, constipação, obesidade e tosse seca. A empresa também conta com projetos de inovação incremental e para renovação de portfólio.
Com a publicação e regulamentação do Marco Legal da Biodiversidade (Lei no 13.123/15), o Aché pretende retomar os estudos com insumos naturais do Brasil. “A lei oferece maior segurança jurídica para que a companhia dê prosseguimento a pesquisas com base na biodiversidade brasileira. Isso permite que a empresa siga produzindo ciência e inovando para levar saúde e bem-estar à sociedade, além de valorizar o Brasil por seu diferencial competitivo, que é ter a maior biodiversidade do planeta”, afirma Cristiano Guimarães, diretor de Inovação Radical do Aché.
Ele explica que, com a nova lei, a bioprospecção tende a ser adotada cada vez mais pelo mercado. “A bioprospecção envolve processo de pesquisa e descoberta com diversas etapas, por meio do estabelecimento de parcerias especializadas para expedições bioguiadas, fracionamento e triagem biológica de alto desempenho, que visam à identificação de extratos inovadores a serem posteriormente avaliados quanto à segurança e eficácia nas etapas regulatórias que antecedem o registro. Considerando a grande quantidade de fármacos atuais, desenvolvidos a partir de moléculas biológicas, torna-se evidente o papel da bioprospecção no setor farmacêutico”, analisa Guimarães.
A retomada das pesquisas baseadas no patrimônio genético brasileiro pelo Aché pode abrir novas oportunidades de diálogo com universidades e parceiros. A experiência do Acheflan é um modelo a ser seguido. Foram 15 anos de pesquisa e desenvolvimento 100% nacionais, conduzidos em parceria com quatro importantes instituições do País: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O Acheflan se tornou um ativo importante para o Aché na estratégia de atração de parcerias para atingir outros territórios.
Em março de 2015, a companhia fechou um acordo com a farmacêutica Silanes para lançar o produto no México, onde já obteve o registro para comercialização. Em dezembro de 2014, conquistou parceria para exportá-lo ao Japão e outros acordos também foram estabelecidos na América Latina. O produto vem obtendo patentes em diferentes países e, recentemente, teve a concessão em todo o continente europeu.
O Aché possui também um vasto histórico de lançamentos não oriundos da biodiversidade brasileira, como: Sintocalmy (Passiflora incarnata L.); Liberaflux (Hedera helix); Remilev (Valeriana officinalis L. com Humulus lupulus L.); Fisioton (Rhodiola rosea L); Soyfemme (Glycine max); Motore (Curcuma longa); Remotiv (Hypericum perforatum); Dinaton (Ginkgo biloba); e Kamillosan (Matricaria recutita L.).
O amplo portfólio de produtos resulta do contínuo investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação, que em 2015 ficou na ordem de R$ 200 milhões. Em novembro do ano passado, o Aché inaugurou, em sua sede em Guarulhos (SP), o Laboratório de Design e Síntese Molecular, pertencente ao novo Núcleo de Inovação Radical. A partir de então, um grupo de cientistas fica responsável pela pesquisa de moléculas inovadoras, com o objetivo de desenvolver novos ativos farmacêuticos para saúde humana.
O laboratório tem como foco necessidades ainda não atendidas em diferentes áreas, como saúde feminina, saúde masculina, sistema nervoso central, cardiometabólica, saúde respiratória e osteomuscular. Com a inauguração do laboratório, parte das etapas de inovação radical fica sob o comando do Aché, garantindo maior controle e assertividade ao processo de inovação.
A inovação se destaca no Aché. Mas a gestão do negócio também chama atenção. Em 2015, a companhia ficou em 1º lugar na categoria Farma e Life Science do prêmio Inovação Brasil do jornal Valor Econômico em parceria com a consultoria Strategy&. Também conquistou a primeira colocação do setor no Prêmio Empresas Mais, criado este ano pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), ligada à Universidade de São Paulo. Em 2014, o Aché foi apontado como a melhor empresa do setor farmacêutico no ranking Melhores e Maiores, da revista Exame.