REVISTA FACTO
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Jul-Set 2014 • ANO VIII • ISSN 2623-1177
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COMO GERAR E SUSTENTAR A INOVAÇÃO?
//Artigo

COMO GERAR E SUSTENTAR A INOVAÇÃO?

A Gestão do Conhecimento é o conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de conhecimento, estabelecer fluxos que garantam a informação necessária a fim de auxiliar na geração de ideias, na solução de problemas e na tomada de decisão.

A Gestão do Conhecimento é o conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de conhecimento, estabelecer fluxos que garantam a informação necessária a fim de auxiliar na geração de ideias, na solução de problemas e na tomada de decisão.

Inovar não é um processo simples e depende de muitos aspectos. O principal é um ambiente que incentive a geração de ideias e que facilite a identificação de oportunidades. Assim, pode-se dizer que boa parte do processo de inovação se dá pela organização e transformação das informações para a geração de produtos, processos ou serviços que tragam resultados competitivos para a empresa. Segundo o Manual de Oslo (OECD), inovação é a implementação de um produto ou processo novo ou significativamente melhorado, mas pode ser uma inovação em uma área específica, como, por exemplo, marketing ou embalagem.Pode ser uma inovação tecnológica, de produto ou processo, ou não tecnológica, de mudanças de mercado, de modelo de negócios, de serviço, de design ou de organização.

Atualmente, as inovações estão na crista da onda por serem capazes de gerar vantagens competitivas a médio e longo prazo. Mas será que todas as empresas devem inovar? Será que a inovação é requisito fundamental para a sobrevivência de todas as empresas? Para alguns a inovação, tecnológica ou não, tornou-se uma exigência. Ela é capaz de agregar valor aos produtos, aumentar o mercado, aumentar a receita, realizar parcerias, adquirir know-how, levando a empresa inovadora à vantagem competitiva.

Mas para a empresa fazer da inovação uma prioridade é necessário que os atores envolvidos compreendam o que significa inovar e qual o contexto desta inovação dentro da empresa/instituição em que trabalham. A equipe deve ser proativa. Deve haver um líder que inicie esse processo de mudança de mentalidade para uma cultura inovadora e uma equipe com vontade e capacidade para inovar. Como resultado, a empresa capacita talentos, cria um banco de ideias, reduz incertezas, monitora os projetos e otimiza o fluxo de informações para focar nos objetivos estratégicos internos.

A inovação deve fazer parte da estratégia da empresa. Deve ser parte de um processo contínuo para gerar ideias e garantir que essas ideias, ou invenções, se transformem em inovações, ou seja, que cheguem ao mercado. Para garantir um ambiente inovador, são necessários a capacitação e a contratação de pessoal qualificado, a valorização do conhecimento gerado, seja por meio de premiação monetária ou não (prêmio científico, por exemplo), uma metodologia de gestão e um bom diagnóstico da empresa. O diagnóstico deve identificar a capacidade de inovar da empresa, sua missão, sua visão estratégica, sua cultura organizacional, sua estrutura, seus projetos e as ferramentas disponíveis. Com o diagnóstico, pode-se estabelecer a estrutura de equipes envolvidas para a geração de inovação, as quais devem envolver pessoas de diferentes áreas, para atuar como facilitadores e executores do processo. Através de um bom mapeamento, pode-se analisar a concorrência, e as oportunidades tecnológicas e mercadológicas.

Para facilitar a implementação desse processo de inova- ção, são necessárias pelo menos duas equipes, uma que irá mapear e organizar as informações necessárias para o processo de planejamento estratégico e outra, normalmente denominada Conselho ou Comitê estratégico, que irá estabelecer as diretrizes da empresa, decidir sobre a priorização de projetos e garantir a captação de recursos para implementá-los.

Como resultados imediatos, a empresa, ou instituição, terá o diagnóstico da organização, a estrutura física e humana mapeada, a necessidade ou não de capacitação das equipes explícita, o plano estratégico da inovação, a organização do portfólio de projetos, a necessidade ou não de ferramentas de gestão da inovação, o aumento do potencial da empresa para captação de recursos e para parcerias. A longo prazo, a empresa, ou instituição, pode reduzir o tempo e o custo de desenvolvimento, minimizar riscos, identificar competências e barreiras tecnológicas, aumentar a receita e ter mais vantagem competitiva no mercado.

Mas como começar? Comece por onde sua empresa é capaz de começar, com a quantidade de pessoas e ideias que tiver, mas comece. Afinal, como disse Jack Welch, “A inovação está ao seu redor. Você vê o que alguém já está fazendo, adapta isso ao seu local e eleva a novos níveis. Esse processo nunca para.” Então comece e não deixe que algo o pare.

Ana Claudia Dias de Oliveira
Ana Claudia Dias de Oliveira
Especialista em Propriedade Intelectual, Inovação e Biodiversidade da ABIFINA e sócia da 2PhD Consultoria
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