REVISTA FACTO
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Jul-Set 2011 • ANO V • ISSN 2623-1177
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//Artigo

Pelo resgate do jaborandi e a melhora da atividade econômica

A Centroflora mantém desde 2008 o projeto “Valorização do Jaborandi”. Também conhecido como arruda, o jaborandi é fonte dapilocarpina, substância usada na fabricação de colírios para tratamento do glaucoma.

A Centroflora mantém desde 2008 o projeto “Valorização do Jaborandi”. Também conhecido como arruda, o jaborandi é fonte da pilocarpina, substância usada na fabricação de colírios para tratamento do glaucoma. Explorada durante décadas no Norte e Nordeste do Brasil de maneira predatória, a planta entrou na lista do Ministério do Meio Ambiente das espécies ameaçadas de extinção. Por isso, o Grupo articulou com outras instituições uma proposta de melhoria da cadeia de suprimentos para obter as folhas de jaborandi por manejo das florestas nativas, promovendo conservação ambiental e inclusão social.

O projeto é realizado pela farmoquímica do Grupo, a Vegeflora, em parceria com Pelo resgate do jaborandi e a melhora da atividade econômica a GTZ e o Instituto Floravida, além do apoio institucional da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Crédito Fundiário e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As ações são implantadas no Piauí e no Maranhão, onde a Boehringer Ingelheim apoia a ampliação da iniciativa.

O projeto “Valorização do Jaborandi” beneficia cerca de 1.500 agricultores familiares e 20 pequenos e médios proprietários de terras. Em 2009 e 2010, foram coletadas 150 toneladas de folhas e movimentados mais de R$ 720 mil no Território dos Cocais do Piauí. A coleta do jaborandi é responsável por 20% da renda dos colhedores da região e se consolidou como importante estratégia de sobrevivência. Em 2010, por exemplo, garantiu o sustento de famílias atingidas pela seca intensa que levou à perda da produção de boa parte das lavouras dos agroextrativistas.

A metodologia do projeto engloba o diagnóstico da região, a organização da base extrativista, a elaboração de planos de manejo, a capacitação e conscientização dos atores envolvidos na cadeia produtiva. Na ponta do processo, a Centroflora cuida do monitoramento e da melhoria contínua das atividades.

O Grupo verificou que, para 63% dos colhedores, a introdução da prática de corte com poda permitiu o crescimento mais rápido do jaborandi. Outro dado importante é que 35% dos extrativistas mencionaram a preocupação com a preservação ambiental, comprovando o impacto do projeto na consciência da comunidade local.

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