REVISTA FACTO
...
Jul-Set 2011 • ANO V • ISSN 2623-1177
2023
73 72 71
2022
70 69 68
2021
67 66 65
2020
64 63 62
2019
61 60 59
2018
58 57 56 55
2017
54 53 52 51
2016
50 49 48 47
2015
46 45 44 43
2014
42 41 40 39
2013
38 37 36 35
2012
34 33 32
2011
31 30 29 28
2010
27 26 25 24 23
2009
22 21 20 19 18 17
2008
16 15 14 13 12 11
2007
10 9 8 7 6 5
2006
4 3 2 1 217 216 215 214
2005
213 212 211
//Artigo

Pelo resgate do jaborandi e a melhora da atividade econômica

A Centroflora mantém desde 2008 o projeto “Valorização do Jaborandi”. Também conhecido como arruda, o jaborandi é fonte dapilocarpina, substância usada na fabricação de colírios para tratamento do glaucoma.

A Centroflora mantém desde 2008 o projeto “Valorização do Jaborandi”. Também conhecido como arruda, o jaborandi é fonte da pilocarpina, substância usada na fabricação de colírios para tratamento do glaucoma. Explorada durante décadas no Norte e Nordeste do Brasil de maneira predatória, a planta entrou na lista do Ministério do Meio Ambiente das espécies ameaçadas de extinção. Por isso, o Grupo articulou com outras instituições uma proposta de melhoria da cadeia de suprimentos para obter as folhas de jaborandi por manejo das florestas nativas, promovendo conservação ambiental e inclusão social.

O projeto é realizado pela farmoquímica do Grupo, a Vegeflora, em parceria com Pelo resgate do jaborandi e a melhora da atividade econômica a GTZ e o Instituto Floravida, além do apoio institucional da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Crédito Fundiário e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As ações são implantadas no Piauí e no Maranhão, onde a Boehringer Ingelheim apoia a ampliação da iniciativa.

O projeto “Valorização do Jaborandi” beneficia cerca de 1.500 agricultores familiares e 20 pequenos e médios proprietários de terras. Em 2009 e 2010, foram coletadas 150 toneladas de folhas e movimentados mais de R$ 720 mil no Território dos Cocais do Piauí. A coleta do jaborandi é responsável por 20% da renda dos colhedores da região e se consolidou como importante estratégia de sobrevivência. Em 2010, por exemplo, garantiu o sustento de famílias atingidas pela seca intensa que levou à perda da produção de boa parte das lavouras dos agroextrativistas.

A metodologia do projeto engloba o diagnóstico da região, a organização da base extrativista, a elaboração de planos de manejo, a capacitação e conscientização dos atores envolvidos na cadeia produtiva. Na ponta do processo, a Centroflora cuida do monitoramento e da melhoria contínua das atividades.

O Grupo verificou que, para 63% dos colhedores, a introdução da prática de corte com poda permitiu o crescimento mais rápido do jaborandi. Outro dado importante é que 35% dos extrativistas mencionaram a preocupação com a preservação ambiental, comprovando o impacto do projeto na consciência da comunidade local.

Preservação ambiental é substrato para novos negócios
Anterior

Preservação ambiental é substrato para novos negócios

Próxima

A Biodiversidade para o desenvolvimento do Brasil