REVISTA FACTO
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Jul-Ago 2008 • ANO II • ISSN 2623-1177
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Ministério quer mais competitividade
//Entrevista Luiz Antônio Elias

Ministério quer mais competitividade

Luiz Antônio Elias, secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia fala sobre a Política de Desenvolvimento Produtivo do BNDES e da tentativa do Ministério de tornar as empresas brasileiras mais competitivas.

Como o PAC da Ciência e Tecnologia auxilia no desenvolvimento da política industrial?

O PAC da Ciência e Tecnologia foi lançado ano passado. E agora, com a Política de Desenvolvimento Produtivo, do BNDES, articulamos fortemente a inovação à política industrial.

São quatro eixos que norteiam esse procedimento. O primeiro pretende consolidar o sistema nacional que passa pela formação de RH, concentrados na área de engenharia; ampliar a infra-estrutura laboratorial; e consolidar as universidades públicas federais como um patamar importante para gerar conhecimento.

O segundo visa à promoção da inovação de empresas, com um conjunto de instrumentos integrados entre BNDES e Finep, para prover não só o crédito, mas a inovação de processos. O terceiro elemento objetiva investir em áreas estratégicas para o Brasil, apoiando segmentos industriais ligados à biodiversidade, energia nuclear, insumos de saúde, fitoterápicos, entre outros. O quarto eixo é a inclusão social.

Como introduzir o elemento da defesa da concorrência nesse processo, que inclui a propriedade industrial?

Primeiro deve-se entender que a propriedade industrial não é um elemento por si só, como se o mercado se auto-regulasse. É um elemento de concorrência e assim deve ser tratado quando é expandido. Ao estabelecer uma ligação entre propriedade intelectual, política industrial e ciência e tecnologia deve-se olhar sob a ótica da concorrência.

Em sua apresentação, o senhor disse que as patentes viabilizam o fortalecimento das empresas brasileiras perante o cenário internacional. Como o Ministério de Ciência e Tecnologia auxilia esse processo?

O Ministério de Ciência e Tecnologia traz uma mensagem de trabalho em conjunto com a cadeia produtiva brasileira para melhor estabelecer o processo que torna as empresas mais competitivas. Então, com a construção de conhecimento pelas universidades poderemos apropriar o conhecimento localmente. Temos que ser fortes em exportação de tecnologia, trabalhando o ativo, conhecido como mercadoria, que é viável através da patente.

Qual a sua avaliação do III Sipid?

Apoiei e apóio o SIPID no sentido de explorar as barreiras ou não-barreiras e oportunidades do tema da propriedade industrial. A mensagem do ministério é que seminários como esse devem aperfeiçoar políticas públicas voltadas cada vez mais para estabelecer as potencialidades locais de desenvolvimento tecnológico. Isso é possível através de mecanismos de defesa de concorrência que incluem a propriedade industrial como elemento central, permitindo uma articulação mais forte entre política industrial e política de ciência
e tecnologia.

Luiz Antonio Elias
Luiz Antonio Elias
Ex-secretário-executivo do MCTI.
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