REVISTA FACTO
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Nov-Dez 2006 • ANO I • ISSN 2623-1177
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//Matéria Política

Complexo Petroquímico: maior empreendimento industrial do País

Principal empreendimento industrial do Brasil e um dos maiores do mundo com investimento previsto em torno de US$ 8,3 bilhões, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj marca a retomada da Petrobras ao setor petroquímico e vai transformar o perfil socioeconômico de sua região de influência, além de gerar uma economia para o País de mais de US$ 2 bilhões/ano em divisas, já que haverá aumento da capacidade nacional de refino de petróleo pesado com conseqüente redução da importação de derivados, como a nafta, e de produtos petroquímicos. Para se ter uma idéia, hoje o Brasil consome aproximadamente dez milhões de toneladas de nafta e precisa importar cerca de 30% desse volume. O restante é atendido pela produção das refinarias da Petrobras.

Previsto para entrar em operação em 2012 e atualmente no início do projeto básico, no qual está inserido o processo de Licenciamento Ambiental, o Comperj é fruto da parceria da Petrobras com o Grupo Ultra e o BNDES. O Complexo terá capacidade para processar 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional. Em uma mesma planta industrial, sua estrutura será formada por uma Unidade de Refino de 1ª geração (Unidade Petroquímica Básica – UPB) para produção de petroquímicos básicos, como eteno (1,3 milhão de toneladas/ano), propeno (880 mil toneladas/ ano), benzeno (600 mil toneladas/ ano) e paraxileno (700 mil toneladas/ano), além de um conjunto de unidades de 2ª geração (Unidades Petroquímicas Associadas – UPAs) que vai transformar esses produtos básicos em produtos petroquímicos como estireno (500 mil toneladas/ano), etilenoglicol (600 mil toneladas/ano), polietilenos (800 mil toneladas/ano), polipropileno (850 mil toneladas/ano) e PTA/PET (500 mil/600 mil toneladas/ano). Haverá ainda uma Central de Utilidades (UTIL), responsável pelo fornecimento de água, vapor e energia elétrica necessários para a operação de todo o Complexo.

Já as indústrias de 3ª geração, que serão atraídas pelo Complexo e devem se instalar nos municípios vizinhos e ao longo do Arco Rodoviário, que ligará Itaboraí ao Porto de Itaguaí, serão responsáveis por transformar esses produtos petroquímicos em bens de consumo, tais como: copos e sacos plásticos, além de componentes para as indústrias montadoras de automóveis e linha branca como eletrodomésticos.

Estima-se que o Comperj vai gerar um total de mais de 200 mil empregos diretos, indiretos e por “efeito-renda”, durante os cinco anos da obra e após a entrada em operação; todos em escala nacional. Para atender a essa demanda, a Petrobras, em parceria com as prefeituras, vai implantar Centros de Integração em todos os municípios do entorno do Complexo Petroquímico (Itaboraí, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Niterói, Maricá, Magé, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá). O objetivo é capacitar cerca de 30 mil profissionais da região, em 78 tipos de cursos gratuitos. Desse total, 78% serão em nível básico, 21% em nível técnico e 1% em nível superior.

A decisão de implantar o Complexo no Rio de Janeiro foi fundamentada em estudos preliminares dos aspectos técnicos, econômicos, ambientais e sociais, de modo a permitir a viabilidade do empreendimento ao longo dos anos. A existência de área disponível para uma já prevista expansão do Complexo, após cinco anos da entrada em operação, também foi um dos fatores condicionantes para essa escolha.

O Município de Itaboraí foi selecionado por dispor de infra-estrutura logística adequada por sua proximidade dos Portos de Itaguaí (103 km) e Rio de Janeiro, dos terminais de Angra dos Reis (157 km), Ilhas d’Água e Redonda (30 km) e por ser atendido por rodovias e ferrovias, além das sinergias com a Reduc (50 km), com as plantas petroquímicas da Rio Polímeros e da Suzano (50 km) e com o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello – Cenpes (38 km), detentor da tecnologia de FCC Petroquímico ou Craqueamento Catalítico Fluido, que é o grande salto tecnológico desse empreendimento.

Esse processo tecnológico permite obter grandes volumes de propeno, eteno e aromáticos, que são matérias-primas petroquímicas, ao contrário do que acontece em uma refinaria convencional, em que são produzidos grandes volumes de gasolina, diesel e GLP. O FCC Petroquímico é uma tecnologia própria, assim como foi a de produção em águas profundas. Nenhuma outra empresa do mundo detém essa técnica. Como o Brasil possui petróleo pesado em abundância, há muito tempo a Petrobras aumenta a pesquisa nessa área. Para isso, foram feitos testes de produção industrial nas refinarias, no Cenpes e no Parque Tecnológico da SIX, em Mateus do Sul, no Paraná.

O Comperj está sendo projetado e será construído com tecnologias avançadas, criadas pela Petrobras, como é o caso do FCC Petroquímico, ou que preencham suas especificações de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), que superam os rigorosos padrões ambientais brasileiros. Como premissa, o projeto fará o reuso e a recirculação da água utilizada no Complexo, além do desenvolvimento de um conjunto de soluções tecnológicas redutoras do consumo de água e geração de efluentes.

Fonte: Petrobras / COMPERJ

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