O vigésimo aniversário da ABIFINA foi festejado em grande estilo no dia 19 de junho, com coquetel e almoço na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O evento permitiu que entidades parceiras e autoridades governamentais presentes apresentassem um balanço de realizações e desafios, exposição de metas e, acima de tudo, reiterassem o compromisso comum com a retomada do desenvolvimento da indústria brasileira e particularmente da química fina.
Na abertura do evento, Carlos Fernando Gross, vice-presidente da Firjan, saudou a ABIFINA e todos os presentes em nome do presidente. Na qualidade também de presidente do Sindicato da Indústria Farmacêutica do Rio de Janeiro, lamentou o fato de este segmento da indústria fluminense, que há 20 anos era formado por 110 empresas, hoje contar apenas com 54. “Mais da metade das empresas fundiram, venderam, fecharam, desistiram”, assinalou Gross.
O ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, transmitiu uma mensagem mais otimista. Lembrou que o ministro Furlan tem incentivado o convívio e o relacionamento permanente com as entidades de classe da indústria, e que “diálogo não tem faltado”.
O presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) iniciou sua apresentação com um grande elogio à atuação da ABIFINA. “Pelo impacto dos temas que trata, parece que a ABIFINA está fazendo 50 anos, e não 20”, brincou Roberto Jaguaribe. Em seguida, falou do enorme esforço de recuperação da estrutura do órgão que vem sendo feito pela atual gestão. Após um longo período de canibalização, o INPI estará apto até o final deste ano, segundo seu presidente, a reduzir para cinco anos o prazo de concessão de patentes.
Os dirigentes da ABIFINA fizeram uma retrospectiva da atuação e das conquistas da entidade desde o seu nascimento. “Assim como o INPI, a ABIFINA fez avanços não só operacionais, mas também estratégicos”, ressaltou o presidente Luiz Guedes. “Nossa entidade tem características muito peculiares: é pequena em termos de áreas e número de empresas, mas extremamente abrangente no alcance dos temas que trata. Toda indústria precisa se adaptar ao meio ambiente, como um ser vivo. E a ABIFINA se preocupa com esse meio ambiente, levantando questões comuns, como por exemplo a abertura de espaço para conquista e consolidação de isonomias e o problema da legitimidade dos direitos de patente.” O vice-presidente Nelson Brasil, por sua vez, creditou o sucesso e o prestígio da ABIFINA à formação de um sólido corpo de doutrina, que valoriza princípios como ética empresarial, inovação tecnológica focada na empresa e responsabilidade social corporativa.
A apresentação final do evento foi feita por José Augusto Coelho Fernandes, representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele criticou o sistema tributário brasileiro e lamentou que ainda haja, com relação à Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, “uma longa distância entre escopo e efetividade”.